vacina para câncer de mama
Crédito: Freepik

Vacina para câncer de mama está em desenvolvimento nos Estados Unidos

Ainda em fase inicial, é possível que a vacina esteja disponível ao público dentro de oito anos

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De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo de câncer que mais afeta as mulheres no Brasil (sem considerar o câncer de pele não melanoma, que é o primeiro na lista de homens e mulheres). Para o ano de 2019, foram estimados 59.700 novos casos, representando uma taxa de incidência de 51,29 casos a cada 100 mil mulheres.

E não é apenas no Brasil que esse tipo de câncer está em primeiro. Ele é o tipo que mais afeta mulheres no mundo todo, representando 24,2% do total de casos de câncer em 2018. É a quinta causa  de morte por câncer em geral e a mais frequente causa de morte por câncer em mulheres.

Uma vacina para câncer de mama está em estudo

Atualmente, o que se faz para prevenir o câncer de mama é orientar a população sobre os cuidados a serem tomados para reduzir o risco da doença, tais como:

  • Alimentar-se de forma saudável;
  • Evitar uso de hormônios sintéticos em altas doses;
  • Não fumar;
  • Não ingerir bebidas alcoólicas;
  • Praticar atividade física regularmente;
  • Ter o peso corporal adequado.

Mas, talvez dentro de 8 anos, seja possível contar com uma nova solução que vai atuar junto com estes cuidados acima mencionados.

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Uma vacina desenvolvida por cientistas da Clínica Mayo, em Jacksonville, na Flórida, poderá ser capaz de interromper a recorrência o câncer de mama e de ovário, e também impedir que esses cânceres se desenvolvam.

De acordo com Keith L. Knutson, um dos pesquisadores da Clínica, os estudos dessa vacina ainda estão em estágio inicial. Esta é uma pesquisa demorada, pois são necessários vários estágios de testes até que se possam ver resultados seguros.

Além do mais, esse tipo de estudo tem um alto custo. Um ensaio clínico de fase 2 pode custar entre 12 e 20 milhões de dólares, e os ensaios da fase 3 podem custar o dobro. Então, algumas vezes os estudos precisam ser paralisados até que se consigam novos financiamentos.

Quanto aos efeitos colaterais até o momento, “não vimos nenhum evento adverso que esteja causando problemas além de irritação na área, semelhante a uma vacina contra a gripe. Agora temos que convencer a FDA (Agência Federal do Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos), através de ensaios clínicos robustos e rigorosos”, completou Keith L. Knutson.

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Mas, apesar do tempo necessário para que a vacina esteja pronta para distribuição, o importante é que existe esperança para que, num futuro próximo, muitas mulheres (e também homens) possam ter maior expectativa de vida ao invés de estarem no grupo de risco de uma doença tão recorrente, sem uma possibilidade mais segura de prevenção.

Veja também: vacina para infecção urinária na forma de cápsulas

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