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Você acha que tem tudo sob controle?

Achar que tudo está nas suas mãos é pura ilusão!

Crédito: Freepik

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Estar no controle pode não ser tão fácil quanto muitas pessoas imaginam. Até mesmo a crença de que elas podem controlar seus desejos é um fator motivador para que venha a agir contra o que acredita. São duas as causas principais: a ilusão de autocontrole e a lacuna de empatia quente-fria.

Ilusão de autocontrole

Um teste feito pelo professor e pesquisador Loran Nordgren mostrou que “as pessoas acreditam que têm mais controle do que realmente possuem“. Nele, a equipe pediu para os participantes dizerem o quanto sentiam confiança na sua capacidade de resistir a tentações, todos fumantes. Em seguida, assistiram a um vídeo antitabagista em uma sala com cigarros à disposição.

Aqueles que se diziam menos confiantes no próprio controle foram os que se saíram melhor no teste. Já os que acreditavam que não fumariam foram os que resistiram menos tempo. Fizeram o mesmo com outro grupo, só que com lanches mais saudáveis e outros elaborados. O resultado foi o mesmo.

Como o grupo acreditava mais em seu autocontrole, se arriscava mais e não tinha estratégias para lidar com o desejo. Para o pesquisador, “a chave é simplesmente evitar quaisquer situações em que os vícios e outras fraquezas prosperem e, o mais importante, que os indivíduos mantenham uma visão humilde de sua força de vontade”.

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Lacuna de empatia quente-fria

Outro fator que pode impactar no cair em tentação é a lacuna de empatia quente-fria. Esse nome complicado nada mais é do que o famoso “juntar a fome com a vontade de comer”. Ou seja: há momentos em que resistir é mais fácil e outros que não são tão simples assim, quando a pessoa está mais impulsiva.

Então, quem está em estado frio – sem tensão, fome, raiva, excitação etc – vai superestimar sua capacidade de se controlar, podendo cair mais facilmente em tentação. Já quem está em estado quente, com esses sentimentos mais aflorados, tem consciência da situação e se antecipa aos eventos.

O ideal é encontrar essa lacuna entre ambos, conhecendo a si e seus limites, analisando sempre muito bem antes de tomar decisões. Nordgren conclui com uma colocação bem interessante: é preciso “pensar duas vezes antes de julgar aqueles que são vítimas da tentação, porque a maioria das pessoas superestima sua capacidade de controlar seus próprios impulsos“.

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