Síndrome da criança invisível
Crédito: Freepik

Síndrome da criança invisível: as características em cada idade

A falta de uma família amorosa pode trazer consequências devastadoras

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A síndrome da criança invisível é um transtorno de conduta que pode se desenvolver nas crianças que não se sentem valorizadas e queridas pelas pessoas que a rodeiam, principalmente pelos pais.

Essas crianças têm uma forma particular de ver o mundo, com olhos tristes e observadores, justamente porque se sentem abandonadas, meio perdidas. Elas se apegam à imaginação, se isolam e não sabem lidar com as frustrações.

Características de uma criança invisível

O transtorno tem esse nome porque a criança se sente invisível diante dos outros. As características variam conforme a idade, por exemplo:

Antes dos 3 anos

  • Irritação;
  • Choro inconsolável;
  • Atraso no desenvolvimento psicomotor;
  • Angústia e ansiedade;
  • Desnutrição (em casos de abandono real).

Dos 3 aos 6 anos

  • Isolamento;
  • Rebeldia;
  • Desobediência;
  • Teimosia;
  • Imaginação bem aflorada;
  • Certa lerdeza nos movimentos;
  • Observação silenciosa do mundo ao entorno.

A partir dos 6 anos

  • Problemas para se relacionar;
  • Medo de rejeição;
  • Baixa autoestima;
  • Tristeza;
  • Sentimento de culpa e medo.

Adolescência

  • Predisposição ao uso de drogas;
  • Insegurança;
  • Facilmente manipulável;
  • Necessidade de pertencimento a qualquer grupo que a aceite;
  • Problemas com relacionamentos afetivos;
  • Busca por prazeres artificiais;
  • Sentimento de vazio e de fracasso.

O que causa a síndrome da criança invisível?

A ausência de uma família amorosa, atenciosa e acolhedora é o principal motivo ao desenvolvimento dessa síndrome. Ocorre principalmente com filhos de usuários de drogas que se fazem ausentes boa parte do dia e filhos de pais negligentes em outros sentidos.

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Também pode ocorrer nas crianças com pais que pensam ser presentes, mas não estão realmente presentes. Pais que estão ao lado da criança, mas sem olhar em seus olhos, conversar, beijar, abraçar, ajudar ou brincar. A mera presença não é o suficiente para que a criança se sinta amada e acolhida para se desenvolver.

Tem reversão?

Ao notar uma criança com essas características, é necessário confirmar em que situação ela vive dentro de casa, se é negligenciada pelos pais ou outros cuidadores. Se uma pessoa de fora notar essa situação, deve informar ao Conselho Tutelar para garantir a segurança da criança.

Sessões de terapia com um psicólogo infantil são importantes para reverter o transtorno e evitar que evolua, bem como o acolhimento em um lar adequado, com os cuidados que a criança necessita para começar a se desenvolver melhor e encontrar um sentido para mudar o seu atual comportamento.

É importante a avaliação e o aconselhamento profissional de um psicólogo para diagnosticar a síndrome, eliminando outros transtornos que podem ter características semelhantes.

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Veja também: muita birra pode ser sinal de transtorno na criança

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