Senhora que viveu 50 anos em hospital ganha novo lar

Após o fechamento do hospital sua cuidadora decidiu lhe dar um lar.

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Parece um daqueles filmes românticos que fazem a gente chorar, não é? Mas essa história é pura realidade. Uma senhora que não sabe sua idade, nem o seu verdadeiro nome, e que morou por 50 anos em um hospital na cidade de Araraquara, em São Paulo, finalmente ganhou um novo lar.

De acordo com os ex-funcionários do hospital, que teve suas portas fechadas em 2015, informam que Cota, ou Cotinha como foi chamada carinhosamente, apareceu no hospital ainda criança e muito machucada. Segundo os médicos ela teria sido atropelada junto com seu irmão por um caminhão. Infelizmente o menino não sobreviveu.

Policiais da época disseram ter aguardado que a família viesse procurá-la, mas ninguém apareceu. Ela passou quase 6 anos enfaixada por causa dos machucados e passou a viver no hospital, trabalhando em troca de abrigo. Foi quando um belo dia ela conheceu Glaucia Andressa Santos Gomes, de 29 anos.

Glaucia passou a trabalhar de copeira no hospital Beneficência Portuguesa onde se encontrou com Cota pela primeira vez. “Achei que era mais uma das funcionárias, pois sempre a via limpando as coisas pelo hospital. Um dia então me contaram toda a sua história e me compadeci. Ela estava lá desde a época das freiras.”, afirma ela.

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O encontro entre Glaucia e Cota

Anos após a chegada de Cotinha ao hospital, o lugar foi privatizado e as freiras foram embora, deixando a menina no hospital. Ela passou a morar em um quartinho nos fundos do prédio e a lavar e passar roupas em troca da moradia. Mais tarde, devido a problemas respiratórios ela foi transferida para o trabalho na cozinha.

Foi então que Glaucia Andressa entrou na história e passou a cuidar daquela senhora enquanto estavam no hospital. Às vezes, ela e outras funcionárias levavam Cotinha para passar o fim de semana em casa.

A adoção

Em 2015, o hospital fechou as portas. Cerca de 300 funcionários foram para a rua e Cotinha foi levada para um abrigo de mulheres que sofreram violência. Ela não tinha mais para onde ir.

Preocupada, Glaucia procurou as autoridades e descobriu o paradeiro da senhora. “Ela chorava muito quando a encontrei, dizendo que queria ir embora daquele lugar, que queria um lar”. Então ela levou a senhora para casa acreditando que seria somente por uns tempos. Mas não foi isso que aconteceu.

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A esperança que o hospital reabrisse foi por água abaixo. O estabelecimento fechou de vez e, então, Glaucia percebeu que era a hora de conseguir a guarda de Cotinha. Apesar de levar a vida de maneira simples, Glaucia, o marido e a filha Emilly (3 anos) nunca abandonaram aquela senhora. Hoje, elas vão juntas a todos os lugares e vivem felizes.

“Hoje estou vivendo a consequência do meu sentimento. Eu não parei para pensar como ia ser o dia de amanhã. Mas eu não vou abandonar ela. Eu tenho dificuldade de cuidar dela, só nessa parte de alimentação. Então, vamos seguir em frente. Ela vai ficar comigo, vou cuidar dela o resto da vida dela”, garantiu a cuidadora.

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