como fazer Sauna vaginal
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Sauna vaginal: saiba o que é essa “moda” das famosas, se funciona e como fazer

Muito cuidado com os efeitos milagrosos que lê por aí. Nem tudo que parece tratamento é seguro e recomendado pelos médicos

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A sauna vaginal é um método que vem sendo usado e divulgado há alguns anos por famosas como, atriz Gwyneth Paltrow, que estrelou “Homem de Ferro” e “O Amor é Cego”. De acordo com a atriz, a sauna vaginal é uma vaporização com água quente e ervas para desintoxicar, tonificar, limpar o útero e reequilibrar hormônios. Mas, será que esses efeitos realmente acontecem e esse tratamento é seguro?

A verdade sobre a sauna vaginal

De fato, a chamada sauna vaginal pode ser feita para obter alguns resultados positivos na saúde vaginal. Mas não provoca os efeitos de desintoxicação, tonificação, limpeza do útero e reequilíbrio de hormônios.

O único efeito da sauna vaginal é ajudar na harmonia do pH da vagina, ou seja, no equilíbrio da microbiota interna. Não há alterações hormonais, tonificação nem limpeza uterina.

O útero não precisa ser limpo, e se existir uma condição de saúde que necessite uma limpeza, deve ser feita com orientação médica e com outros métodos. Quanto à tonificação vaginal, é um processo natural que ocorre enquanto a mulher estiver produzindo hormônios.

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Sauna vaginal não é o mesmo que banho de assento

Fazer a sauna vaginal não é a mesma coisa que os banhos de assento recomendados pelo ginecologista para tratamento de certas doenças e problemas, como cistite, cólicas, hemorroidas, vaginite, herpes e candidíase.

Nesses casos, o médico pode recomendar um tratamento com banho de assento e algum medicamento para colocar na água, que deve entrar em contato direto com a região afetada, não apenas pelo vapor da água.

A sauna vaginal não tem efeito de tratamento de doenças e nem costuma ser recomendada pelos médicos. Portanto, não é um hábito realmente necessário, visto que seu único benefício já é proporcionado naturalmente pelo corpo.

Apenas externamente e na temperatura adequada

Um cuidado muito importante a ter com a sauna vaginal é que esse tratamento deve ser feito apenas externamente. Ou seja, nunca deve-se colocar qualquer líquido quente na parte de dentro da vagina.

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Aliás, nem líquido quente e nem qualquer tipo de “limpeza”, como duchinha íntima, deve entrar na vagina. Ao fazer isso, acontece o desequilíbrio da microbiota vaginal, que sabe se proteger sozinha, pois é autolimpante.

Esse desequilíbrio leva a doenças fúngicas e bacterianas, que podem vir de fora ou causadas pelo próprio desequilíbrio que diminui a quantidade de bactérias boas na microbiota, abrindo espaço para as bactérias nocivas. Ambas vivem em harmonia dentro do corpo, desde que não se tire esse equilíbrio.

Além desse cuidado, também é preciso se atentar à temperatura da água, que deve estar quente, mas não muito, pois a pele da vagina é sensível e pode queimar. Além da dor e do processo inflamatório, a queimadura aumenta o risco de infecções nessa região, que fica vulnerável devido ao ferimento.

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Como fazer a sauna vaginal?

Se mesmo assim quiser incluir a sauna vaginal na sua rotina de bem-estar, o recomendado é primeiro consultar seu ginecologista para saber como está a sua saúde íntima e falar sobre sua vontade de manter o hábito da sauna vaginal.

Quando for fazer o procedimento, vai precisar de algum banquinho ou bacia bem firme na qual seja possível se sentar sem encostar na água, apenas deixando que o vapor toque a pele externa da vagina.

Você terá que se sentar sem calcinha nesse banquinho ou bacia, portanto, essa superfície deve estar extremamente limpa.

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A sauna em si é feita com água quente (nunca fervente) e ervas como camomila e erva-doce, que não são perigosas e possuem efeitos benéficos ao corpo. O tempo de cada sauna é por cerca de 10 minutos ou até a água esfriar e não produzir mais vapor. O líquido e as ervas devem ser jogados fora após a sauna.

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