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O Relógio do Juízo Final alerta sobre as ameaças à civilização

Quando uma ameaça muito forte acontece, o relógio é alterado para marcar mais próximo da meia-noite

Crédito: SCOTT OLSON, AFP/GETTY IMAGES

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Em meio à Guerra Fria, em 1947, o comitê de diretores do Bulletin of the Atomic Scientists, da Universidade de Chicago, criou o Relógio do Juízo Final. Trata-se de um dispositivo que utiliza uma analogia onde a raça humana está a “minutos para a meia-noite”, onde a meia-noite representa a destruição por uma guerra nuclear.

A primeira representação visual do Relógio do Juízo Final foi feita ainda em 1947, pela artista Martyl Langsdorf. Ela foi convidada pelo cofundador da revista Hyman Goldsmith para desenhar uma capa para a edição de junho.

Quando foi criado, o Relógio do Juízo Final foi ajustado para marcar sete minutos para a meia-noite. A partir disso, ele foi avançado ou retrocedido em intervalos regulares, dependendo do estado mundial e da perspectiva de uma guerra nuclear.

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Os ajustes do Relógio do Juízo Final ao longo dos anos

O primeiro reajuste do Relógio do Juízo Final, depois da sua criação em 1947, foi no ano de 1949, quando a União Soviética testou sua primeira bomba atômica. Nesse evento, o relógio passou de sete para três minutos para a meia-noite.

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Em 1953, quando os Estados Unidos e a União Soviética testavam dispositivos termonucleares, o relógio foi alterado em dois minutos para a meia-noite.

Já em 1960 a mudança do Relógio do Juízo Final foi positiva, voltando aos sete minutos para a meia-noite, em resposta a uma percepção de um aumento da cooperação científica e compreensão pública sobre os perigos de armas nucleares.

Em 1963, o relógio passou por mais um afastamento da meia-noite. Dos sete minutos ele passou para doze faltando para a meia-noite. Isso aconteceu porque os Estados Unidos e a União Soviética assinam o Tratado de Interdição Parcial de Ensaios Nucleares, limitando testes nucleares atmosféricos.

Depois disso, foram mais 17 alterações do Relógio, para mais e para menos minutos para a meia-noite, até as alterações mais atuais.

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As mudanças mais recentes do Relógio

Em 26 de Janeiro de 2017, houve um avanço negativo do Relógio, que passou de três para dois minutos e trinta segundos para a meia-noite. A culpa foi dos discursos do então presidente Donald Trump sobre novos testes de armas nucleares.

Em 25 de Janeiro de 2018, foi anunciado um avanço do Relógio para dois minutos para a meia-noite. Mais uma vez, esse avanço negativo foi causado pelos avanços na tecnologia de armas nucleares norte-coreana e as ações provocativas trocadas entre Coreia do Norte e Estados Unidos.

Dois anos depois, mais precisamente em 23 de janeiro de 2020, foi anunciado mais um avanço. Dessa vez, para 100 segundos (1 minuto e 40 segundos) para a meia-noite. Foi o marco mais próximo da meia-noite desde da criação do Relógio do Juízo Final.

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Em 2020 foi a última alteração até agora, e o motivo foi o fracasso dos líderes mundiais em lidar com ameaças cada vez mais prováveis ​​de guerra nuclear, bem como o aumento das tensões entre os EUA e o Irã e o fracasso contínuo no combate às mudanças climáticas e a pandemia de coronavírus.

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