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Rede de solidariedade é a solução para pequenos negócios continuarem funcionando

Este momento de grande preocupação pode se tornar uma oportunidade de reinvenção dos negócios

Crédito: Reprodução G1

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Todo momento de crise tem muito o que ensinar, em especial sobre a vida em sociedade. Este momento de pandemia do coronavírus está servindo para que muitos pequenos empresários precisem inovar para continuarem suas atividades e não precisarem demitir colaboradores.

Envolver outras pessoas e ter novas ideias é essencial neste momento em que todos estão passando por dificuldades e precisam dar as mãos, afinal de contas, prevalece o ditado “juntos somos mais fortes”.

Na prática, vários brasileiros estão vendo o resultado da sua adaptação à situação atual. Um exemplo é do empresário Diogo Gomes Freitas, que é dono de restaurante. No começo da crise ele precisou demitir 10 funcionários, o que foi um momento muito difícil para ele e os colaboradores.

Mas Diogo não poderia parar. Ele resolveu entrar em contato com os clientes do restaurante através das redes sociais, sugerindo uma ideia para ajudar o restaurante a continuar suas atividades. Se eles tivessem pelo menos 40 pedidos de pratos para entrega por dia, ele poderia manter suas portas abertas.

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A ideia deu mais certo do que Diogo imaginava. O restaurante tem em média 60 pedidos ao dia, e o empresário já readmitiu todos os 10 funcionários que tinha demitido. Agora, todos estão passando por uma adaptação ao novo modelo de negócio, que é o delivery.

“Eu vendi um relógio que eu tinha, uma bicicleta, eu vi na internet a moto, aí eu ofereci ao rapaz pra poder fazer um rolo na moto e poder rodar entregando delivery”, diz Luan Eduardo de Oliveira, que era garçom, em depoimento ao G1.

Com a empresária Paula Passos, o sentimento de desespero inicial foi o mesmo que aconteceu com Diogo.

Ela achou que teria de fechar as portas da sua loja.

Mas, seu espírito empreendedor pensou muito até que surgiu uma ideia. Combinou com seus clientes que, a cada sapato vendido, seria feito um prato de comida para ser doado.

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Essa ideia de Paula estava gerando uma rede solidária que envolvia a continuação das suas vendas, o sentimento de solidariedade nos clientes, a geração de renda para a senhora que iria fazer as marmitas e a ajuda para quem iria receber a comida de graça.

“Mais do que a nossa situação como microempresário, que ficou delicada nesses últimos dias, a gente entendeu que existem outros grupos passando por necessidades ainda maiores”, diz Paula.

“Um ajudando o outro porque tá difícil pra todos, pra todos. Não tem diferença. Tá difícil pra todo mundo. Então se um não ajudar o outro…”, diz a cozinheira Maria Elizabethe de Almeida Fonseca.

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