Por que adultos repetem padrões que tanto criticavam nos pais
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Por que adultos repetem padrões que tanto criticavam nos pais quando eram jovens?

O DNA e a convivência são parte importante da formação da personalidade e dos hábitos de vida. Mas, é possível mudar

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Certos tipos de comportamentos dos pais são criticados pelos filhos quando ainda são adolescentes ou jovens adultos. Mas, depois de amadurecerem, se pegam repetindo o comportamento que tanto criticavam.

Em alguns casos, é normal que isso aconteça, pois a pessoa amadurecida percebe que aquele comportamento que seus pais tinham fazia todo o sentido, seja por motivo de segurança, comodidade ou praticidade. Mas, em outros casos, podem ser comportamentos tóxicos que realmente devem ser evitados.

O problema é conseguir evitar o comportamento errado, pois parece que, depois de tanto ver os pais agindo daquela forma, você está fadado a fazer a mesma coisa. É como se aquela lição tivesse sido “salva” no seu cérebro e você não consegue deletar ou alterar.

Por que os padrões de comportamento são repetidos?

A resposta é simples. O que seus avós ensinaram aos seus pais desde que eles nasceram, se tornou parte do DNA deles. Logo, pela genética, eles repetiram alguns desses padrões com você, e alguns deles passaram a fazer parte do seu DNA também.

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Os padrões de comportamento que se repetem no DNA não são aqueles bem específicos de cada personalidade, mas sim, de forma mais generalizada, como hábitos de gula, preguiça, bom humor, respeito à autoridade e tradicionalismo, criatividade e popularidade no círculo social, por exemplo.

Existem também os hábitos que você aprende vendo os seus pais no dia a dia, como o jeito de sentar, de pegar os talheres, o ritmo da fala, certos “jargões” que usa no seu vocabulário, enfim, detalhes que você aprendeu vivenciando, e nem percebeu.

Então é por isso que se torna tão difícil mudar, já que realmente são comportamentos incutidos na sua personalidade, nos seus hábitos inconscientes, na sua memória mais profunda.

É possível mudar um comportamento que não gosto?

Sim, é possível. Mas você terá que se esforçar para mudar um comportamento que está tão enraizado na sua essência. De forma natural, você vai repetir certos padrões, sejam bons ou maus, simplesmente porque é assim que você sabe ser.

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Mas, se identificar que está repetindo hábitos tóxicos ou prejudiciais ao seu desenvolvimento, você pode começar a trabalhar uma mudança comportamental. Ser capaz de se autoconhecer e aceitar que todo ser humano pode mudar, é o primeiro passo.

As pessoas com maior dificuldade de mudar o jeito de ser são aquelas que dizem “sou assim, não posso mudar!”, o que, por si só, é um pensamento que bloqueia sua possibilidade de evolução.

Como mudar de comportamento e não repetir os padrões?

Quanto mais pessoas você conhece, mais modelos de famílias que se relacionam de várias formas diferentes, mais fácil é mudar.

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Isso porque, quando você fica morando com seus pais até o final da adolescência ou começo da fase adulta, sem conhecer vários exemplos de padrões familiares, acaba repetindo o que seus pais fazem porque não tem outros modelos que considera conhecidos, dentro da sua zona de conforto ou dentro das dimensões morais que considera aceitáveis para se basear.

Então, abrir-se para o mundo, conhecer outros estilos de vida, e saber analisar neles o que acha interessante inserir no seu jeito de ser, é bem importante para conseguir mudar.

Para muitas coisas você vai precisar de coragem e muito esforço. Vai precisar experimentar coisas novas, romper tabus que vão contra o seu atual modelo de moral e saber que essas mudanças não precisam afastar você da sua essência, da sua família, do lugar que você pertence desde que nasceu.

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Um bom incentivo para enfrentar esse desafio é saber que você não quer transmitir padrões tóxicos ou desagradáveis para suas próximas gerações. Então, a quebra de padrões deve começar agora, por você, de preferência antes de ter filhos.

Observe seu comportamento dia após dia, nos detalhes. Preste atenção quando alguém disser que “você é igual a sua mãe” ou “você faz isso que nem seu pai”. Se você não gosta dessa comparação, é a deixa para perceber o que fez e tentar não repetir.

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