obesidade infantil
Crédito: Freepik

Obesidade infantil: por que acontece e qual é o melhor tratamento?

Se para os adultos já é difícil, nas crianças, a obesidade tem um impacto ainda maior e deve ser tratada com urgência.

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A obesidade infantil é um fator tão preocupante – ou mais – do que a obesidade em adultos. De acordo com o IBGE de 4 anos atrás, já havia 15% das crianças entre 5 e 9 anos e 25% dos adolescentes com obesidade, números estes que só aumentaram.

Ela se caracteriza pelo aumento de peso da criança em 15% sobre o peso médio normal para sua idade.

O fato de a obesidade infantil ser mais perigosa é porque se não for tratada a criança pode desenvolver problemas como diabetes e hipertensão que irão acompanhá-la por toda a vida, mesmo que emagreça depois.

Além destes problemas que afetam sua saúde física, a criança sofrerá com problemas sociais e emocionais que podem interferir seriamente no seu desenvolvimento ao longo da vida.

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Causas da obesidade infantil

As causas da obesidade infantil são as mesmas dos adultos. A diferença é que elas dependem dos adultos para não serem atingidas pela doença, portanto é principalmente uma questão de responsabilidade dos pais.

O excesso de alimentos calóricos e pobres em nutrientes, além da falta de interesse (e incentivo) por atividades físicas é o fator crucial para o desenvolvimento da obesidade na infância.

Além disso, a criança pode herdar a obesidade dos pais que são ou foram obesos e até da mãe que aumentou muito de peso na gestação.

Quando começa a ficar o obesa, a criança tende a manter a doença por mais tempo por causa de alterações hormonais que fazem ela sentir mais vontade de comer, mesmo quando já está saciada. Acaba virando um ciclo vicioso muito difícil de sair sem ajuda.

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Tratamentos da obesidade

Quando os pais percebem que o filho está acima do peso e sofrendo com as consequências da obesidade, como dificuldade para respirar, para dormir e fadiga constante, devem prontamente levá-lo ao médico, seja pediatra, nutricionista ou endocrinologista. Os tratamentos propostos vão variar conforme a gravidade da doença.

Em primeiro lugar, uma dieta de emagrecimento será recomendada, bem como a prática de alguma atividade física. Mas para que estas estratégias funcionem, toda a família precisa participar, pois a criança necessita de incentivo.

Portanto, os hábitos alimentares da casa devem mudar para todos e a criança deve ser matriculada em alguma aula como karatê, natação, futebol ou outro esporte.

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Caso não goste de esportes por não ter energia para praticar, os pais devem acompanhá-la em atividades como andar de bicicleta, jogar bola no parque ou até em caminhadas, que farão bem para todos.

Se mesmo com uma dieta balanceada e atividade física a criança não apresentar redução de peso, o médico irá verificar possíveis problemas hormonais ou outros que possam necessitar de medicação para ajudar a gastar mais calorias, reduzir o apetite ou a absorção de gorduras.

Como incentivar uma alimentação mais saudável nas crianças

As crianças que sempre foram acostumadas a comer alimentos prontos, doces e gorduras, vão ter muita dificuldade em ingerir alimentos saudáveis, até porque nunca foram ensinadas sobre como eles agem no organismo e o quanto podem ser gostosos se forem bem preparados.

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Por isso, a introdução desses alimentos e a imposição de regras para se alimentar são importantes. O nutricionista fará as orientações adequadas, mas de modo geral, pode ajudar:

  • Não deixar a criança ficar mais de 3 horas sem comer;
  • Oferecer frutas e legumes 5 vezes ao dia, com apresentações diferentes;
  • Beber ao menos 1 litro de água ao longo do dia;
  • Reduzir o tamanho dos pratos das refeições principais;
  • Comer na mesa, sem televisão, computador ou celular, para prestar atenção ao momento da refeição;
  • Não ter em casa guloseimas e refrigerantes que dificultem resistir à tentação;
  • Comprar alimentos saudáveis e fáceis de consumir, como frutas, iogurte, pão, torradas e leite desnatado;
  • Preparar o máximo de alimentos integrais possível, como arroz, pão e massa;
  • Nunca preparar uma refeição diferente só para a criança enquanto o resto da família come uma pizza ou qualquer outra coisa mais calórica que irá fazê-la passar vontade.

Sabia que a criança obesa pode ter o paladar afetado?

Pesquisadores do Departamento de Ciências de Alimentos da Universidade Cornell revelaram que o excesso de peso leva à redução da quantidade de papilas gustativas, pois ocorre uma inflamação associada ao acúmulo de gordura.

Dessa forma, além de sofrerem com a compulsão alimentar, as crianças obesas deixam de sentir o prazer no sabor do alimento, que ajuda a saciar a vontade de comer. A boa notícia é que, diferente de doenças crônicas como diabetes e hipertensão, essa disfunção sensorial pode voltar ao normal com a redução de peso.

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Participe da rotina dos seus filhos

As crianças que não passam tempo com os pais ficam entediadas e acabam sentindo mais vontade de recorrer à comida como válvula de escape.

Esteja presente na vida dos seus filhos, dando atenção e fazendo atividades para que eles não foquem os momentos de prazer apenas na comida. Invista em fortalecer os laços com sua família e priorizar a saúde dos seus filhos.

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