Novo exame de sangue pode prever a morte
Crédito: Freepik

Novo exame de sangue pode prever a morte

Pesquisadores holandeses conseguiram desenvolver exame que prevê a morte em até 5 anos

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Em algum momento da sua vida, você já se questionou sobre a hora da morte? Agora, imagine ter um exame de sangue que pode detectar, com certa segurança, se isso vai acontecer em 5 anos! Foi o que os pesquisadores holandeses conseguiram desenvolver, tendo aplicado o teste em mais de 40 mil pessoas.

Desde sempre o ser humano tenta entender tanto a vida quanto a morte. E um dos temas mais intrigantes, seja para grandes reis ou pessoas simples, foi a hora da morte. A busca percorre desde o oráculo, na Grécia, a sacerdotes e até adivinhos. Muito charlatanismo envolveu a área por séculos, porém a ciência está chegando cada vez mais perto de uma resposta.

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Exame de sangue para prever a morte

Pesquisadores da Universidade de Leiden, na Holanda, descobriram marcadores biológicos que mostram quando a morte se aproxima. Não se trata de crendice e sim de um estudo realizado com 44.168 pessoas. Durante a realização desse estudo, feito com pessoas entre 18 e 109 anos, houve 5.512 mortes. Dessa forma, foi possível averiguar alguns marcadores.

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Inicialmente, eles estudaram 226 biomarcadores metabólicos, estudando cada um deles, em cada participante. Os que representaram alguma relevância foram apenas 14, o que torna o estudo muito mais viável em termos financeiros. Entre eles, estavam a “albumina, glicoproteína acetilada (GlycA), diâmetro médio para partículas de lipoproteína de densidade muito baixa (VLDL) e citrato”.

Como resultado, viram que, independente do gênero, os marcadores apresentaram o mesmo desempenho em apresentar o resultado. Eles marcam o estado da saúde em geral e não de doenças específicas, sendo assim universal, seja por gênero, etnia ou idade. Assim, podem ser utilizados como ferramenta para um grande público.

De acordo com os pesquisadores, “em combinação, esses biomarcadores claramente melhoram a previsão de risco de mortalidade de 5 e 10 anos, em comparação com os fatores de risco convencionais em todas as idades”. Isso porque eles fazem parte de muitos processos no organismo, a exemplo do “metabolismo de lipoproteínas e ácidos graxos, glicólise, equilíbrio de fluidos e inflamação”.

Importância do estudo

E para que saber se há chances de morrer nos próximos 5 ou 10 anos? Um dos motivos é dado pelos próprios pesquisadores, pensando no bem estar do paciente. Imagine que uma pessoa tenha a opção de fazer ou não determinada intervenção, que pode apresentar grandes riscos. Será que o esforço de recuperação e perda vai valer a pena?

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De acordo com a pesquisa, “esses resultados sugerem que o perfil do biomarcador metabólico poderia ser usado para guiar o atendimento ao paciente, se validado em contextos clínicos relevantes”. Dessa forma, pode orientar estratégia de tratamento, evitando assim uma operação invasiva. Ou até mesmo, “ser usado como desfecho substituto para ensaios clínicos em indivíduos mais velhos”.

Outro ponto importante é a própria manutenção da saúde. A partir do momento em que alguns indicadores metabólicos não estão adequados, pode-se focar na busca da saúde. Assim, pode-se deixar de viver na época da medicina corretiva e enfim focar na preventiva. Será uma ótima ferramenta para nutricionistas, geriatras e outros profissionais de saúde.

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