Mesmo com as campanhas de conscientização e incentivo ao uso de preservativos, os casos de Doenças Sexualmente Transmissíveis, as famosas DST’s, não param de crescer no mundo todo. Para piorar, novas enfermidades estão surgindo, como a Mycoplasma genitalium, o que mostra que a população ainda tem muito a aprender sobre a prevenção de doenças venéreas.
O que é Mycoplasma genitalium?
O Mycoplasma genitalium é uma super bactéria sexualmente transmissível que provoca a doença micoplasma, cujos sintomas são bastante semelhantes a de outras doenças do tipo. O problema dessa bactéria é que ela foi descoberta recentemente, e por enquanto tem se mostrado resistente até mesmo a tratamentos com fortes antibióticos.
No Reino Unido, as autoridades de saúde já trabalham com novas diretrizes em busca de evitar um caso de emergência pública. O receio é que a doença se torne uma epidemia.
Sintomas de micoplasma
A principal dificuldade para identificar a presença de Mycoplasma genitalium é a semelhança dos sintomas com outras DSTs, como clamídia. Algumas pessoas nem mesmo manifestam sintomas, o que dificulta ainda mais o diagnóstico.
Nos homens, a doença provoca inflamação da uretra, dor ao urinar e secreção expelida pelo pênis. Nas mulheres a inflamação atinge o útero e as trompas de falópio, gerando dor, sangramento e febre. Em casos mais graves, as mulheres podem ainda sofrer de infertilidade em decorrência da infecção bacteriana.
Como se dá a transmissão?
A bactéria Mycplasma genitalium é transmitida através do sexo com parceiro contaminado. Vale frisar que não precisa haver penetração. Práticas como sexo oral também podem gerar contaminação.
Os casos da doença só reforçam a necessidade do uso de preservativos nas relações sexuais, em especial com parceiros desconhecidos. No Brasil, o Ministério da Saúde afirma que está monitorando a bactéria devido ao aumento dos casos e à resistência antimicrobiana.
Por enquanto, o quadro está longe de ser igual ao do Reino Unido, mas é necessário reforçar a prevenção para interromper a cadeia de transmissão.
Diagnóstico e tratamento para a doença
O diagnóstico é feito com base nos sintomas relatados pelo paciente e em exames solicitados pelo médico. Já o tratamento é feito com antibióticos. A Associação Britânica de Saúde Sexual e HIV (BASHH, em inglês) afirma que quase todas as infecções pela Mycroplasma genitalium eram sensíveis ao grupo de antibióticos da azitromicina até 2009.
Porém, o quadro vem mudando: apenas 60% das infecções permanecem sensíveis, enquanto cerca de 40% tem se mostrado resistente ao tratamento.
Portanto, o melhor tratamento ainda é a prevenção da doença através do uso de preservativos. Se estiver contaminado ou desconfiar que seu parceiro esteja com a doença evite relações sexuais por um tempo.
As dicas deste artigo não substituem a consulta ao médico. Lembre-se que cada organismo é único e pode reagir de forma diferente ao mencionado. E para obter os resultados mencionados também é preciso aliar a uma vida e alimentação saudável e equilibrada.
