Os casos de assédio sexual acontecem em todo o mundo e, na maior parte das vezes, a justiça não é feita. Ou as mulheres são oprimidas e ficam em silêncio ou fazem sua própria justiça. Uma chinesa, identificada pelo sobrenome Zhou, preferiu a segunda opção.
Em abril surgiu um vídeo na internet com mais de 14 minutos mostrando Zhou batendo em seu chefe com um esfregão, alegando ter recebido várias mensagens de assédio dele.
O homem foi identificado como Wang Mouhui, e trabalha com Zhou em uma repartição pública em Suihua, no nordeste da China. A outra mulher que está gravando o vídeo grita dizendo que também não aguenta mais os assédios.
No vídeo, Zhou entra na sala do chefe e bate nele com o esfregão, depois volta várias vezes e bate nele com outros objetos que estão sobre sua mesa, inclusive, joga água de uma jarra nele, e depois arremessa a jarra contra ele.
Durante todo o tempo, o homem fica sentado em sua cadeira, sem reagir, apenas dizendo que as mensagens que ele mandou a ela foram “só brincadeira”.
Um dia depois do vídeo circular pelo país, a ativista feminista chinesa Lu Pin disse que o vídeo viralizou porque não é comum ver as mulheres reagindo a um assédio.
“As mulheres são obrigadas a ficar em silêncio porque é difícil que um assédio sexual seja investigado. Esta mulher assumiu a própria defesa. O fato de seu comportamento estar chamando tanta atenção mostra de que não há meios melhores para se defender”.
