Menino escreve carta para juíza pedindo para mudar de sobrenome
Crédito: Reprodução TV Globo

Menino escreve carta para juíza pedindo para mudar de sobrenome

“Não precisa ter sangue, basta ter amor”, estava escrito

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Angelo é um menino de 8 anos que mora em um assentamento em Quixeramobim, no serão do Ceará. Depois que seu pai biológico foi embora e nunca mais deu as caras, a mãe de Angelo conheceu o agricultor Adilton, que foi morar com a família e fez uma grande amizade com o menino.

“Ele me chamava de amigo, eu já fiquei apegado porque não tinha filhos. Aí passou um tempo, ele foi e me chamou de pai”, contou Adilton, em entrevista ao Fantástico.

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De fato, a relação dos dois sempre foi de amizade, o que facilitou a decisão da mãe em trazer Adilton para morar com ela e os filhos pequenos, quando Angelo tinha 3 anos. A presença de Adilton na vida de Angelo foi o que ele precisava para sentir o que era ter um pai de verdade.

“Pai é aquele que ama, pai é aquele que cuida, pai é aquele que está do lado da gente”, disse o menino.

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Então, Angelo queria não só ter um bom relacionamento com seu padrasto, mas também ter o sobrenome dele em seu registro. A ideia de tornar esse desejo real surgiu quando o menino viu na internet que a juíza da cidade estava distribuindo cestas básicas em comunidades rurais, como a dele.

Mesmo sem saber se o desejo era possível de ser realizado, Angelo resolveu escrever uma carta para a juíza:

“Senhora juíza, quero pedir encarecidamente que a senhora troque meu nome. Meu nome é Angelo Ravel Nunes de Sousa. E quero tirar o sobrenome Sousa. É o sobrenome do meu pai biológico. E eu gostaria muito de usar o sobrenome do meu verdadeiro pai, que é o meu padrasto”.

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A mãe de Angelo enviou a carta para uma rádio local, que cumpriu com a missão de fazer esse pedido chegar na juíza. Para a surpresa do menino, a juíza respondeu à carta no mesmo dia, deixando-o imensamente feliz e grato.

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Como a juíza não trabalha na vara da família, ela encaminhou o pedido de Angelo para a defensoria pública. Angelo e seus pais foram chamados a uma consulta com o defensor público para saberem que ele não poderia tirar o nome do pai biológico da sua certidão de nascimento, mas poderia acrescentar o sobrenome do padrasto ao seu.

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O menino gostou da ideia e prontamente foi dado início ao processo para a inclusão do sobrenome de Adilton ao registro de nascimento de Angelo, que agora vai sentir que tem um vínculo ainda mais forte com aquele a quem considera o seu pai verdadeiro.

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