autotransplante
Imagem ilustrativa: Freepik

Médicos realizam o 1º autotransplante de pulmão do Brasil

Este é um procedimento bastante complexo, dado o grau de exigências para manter o órgão funcionando fora do corpo.

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A medicina brasileira é um exemplo para o mundo. Dessa vez, os parabéns vão para o Dr. Marcos Samano, único médico no Brasil que realiza o procedimento chamado de autotransplante, e sua equipe, claro.

O autotransplante foi realizado em um pulmão com câncer de um paciente que já estava com metástase (quando os tumores se espalham para outros órgãos) e ele já não respondia aos tratamentos.

“O quadro dele já não respondia mais às opções de tratamentos convencionais. Discutimos o caso com a equipe médica e o paciente, e decidimos pelo autotransplante de pulmão. O procedimento durou cerca de 10 horas e foi um sucesso”, celebrou o médico.

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Conforme explicou o Dr. Marcos, em uma entrevista para o site Só Notícia Boa, o paciente que passou pelo autotransplante não tinha mais alternativas.

Dr. Marcos Samano, único médico que realiza o autotransplante no Brasil. Foto: Doctrália

A doença começou na perna do paciente e ali já ocorreu metástase que foi levando o tumor até os pulmões, onde a situação se agravou.

Depois de seis anos tratando tumores em várias pequenas lesões nos pulmões com quimioterapia e ablação por radiofrequência, o pulmão esquerdo ficou curado, mas, a lesão no pulmão esquerdo aumentou.

A cirurgia de autotransplante de pulmão aconteceu no início de 2023, no Hospital São Luiz Itaim, unidade da Rede D’Or em São Paulo.

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“Nesta técnica, retiramos o pulmão, neste caso o direito, e removemos o tumor, para então reimplantar o órgão no paciente”, explicou o Dr. Marcos.

Infelizmente, o procedimento ainda não é acessível, já que é bastante complexo. De acordo com o médico, o autotransplante é recomendado somente em casos paliativos, quando não há mais opções de tratamento para o paciente.

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Além disso, para realizar o autotransplante é necessário contar com uma equipe multidisciplinar para acompanhar o paciente e uma estrutura física de aparelhos de última tecnologia para receber este órgão e mantê-lo em condições de conservação pelo tempo necessário para a retirada do tumor.

Depois da cirurgia, o paciente foi para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para observação e, em menos de 24 horas, já respirava sem ajuda de aparelho. Após 12 dias recebeu alta médica.

Esperamos que esse caso de sucesso incentive mais médicos a aprenderem a técnica do autotransplante para que se torne mais comum e acessível a tantos outros pacientes considerados inoperáveis atualmente.

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