Conheça a história do médico que trabalha o ano todo sem descanso

Ele mora em uma pequena cidade de Buenos Aires e é o único no local com diploma de medicina

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Javier Fernández Olaeche se formou na década de 80 e nunca imaginou que sua profissão seria tão importante e necessária para cidade que escolheu trabalhar. Era um lugar calmo, chamado Rafael Obligado localizado na província de Buenos Aires, a 280 quilômetros do centro, e lá poderia ter uma vida mais tranquila e criar cavalos.

Com apenas 800 habitantes, é uma típica cidade do interior: tem uma praça central, armazéns, casas baixinhas e bicicletas deixadas sem tranca. Ele já atendeu a todos os moradores e teme pelo futuro porque os jovens depois de formados almejam trabalhar em cidades grandes.

34 anos trabalhando direto

O espanhol de 65 anos, se mudou aos 9 anos para Argentina com a família e hoje mora com a mulher. Ele trabalha em uma unidade de saúde que tem uma sala para receber especialistas,  semanalmente. Ao seu dispor tem desfibrilador, máquina para realização de eletrocardiograma e oxigênio. São em média 50 pacientes diariamente, desde as 6 da manhã.

Javier conta que os pacientes já viraram amigos, eles almoçam juntos e se consultam ao encontrar o médico no meio das ruas. É uma relação muito calorosa. Ele trabalha interruptamente desde 1984 e fica com celular ligado direto. Nunca se incomodou de sair no meio de almoços de família e eventos festivos para atender.

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Quando chegou na cidade não existia farmácias e revela que hoje as doenças mais comuns na região são alergias e problemas no trato respiratório causados pelos pesticidas. O olho do clínico foi fundamental para diagnosticar doenças que não estão nos livros. Sozinho ele não tinha com quem trocar experiência e nem dispositivos para consultar, a solução foi muito estudo. Os médicos rurais estão entrando em extinção.

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