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Maconha para epilepsia: como usar, benefícios e normas

Saiba se essa planta pode ser usada em casos de doença e se ela realmente ajuda

Crédito: Freepik

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Pode parecer radical, mas usar maconha para epilepsia às vezes é a melhor alternativa. Isso aconteceu com esses pais que já não sabiam o que fazer. Isso porque seu filho, de apenas 5 anos, sofria cerca de 1000 convulsões diariamente. Funcionou, mas não é para todo mundo. Conheça as regras, como usar e a história do pequeno Jayden.

Um caso real

Cansados da falta de resultados eficientes por parte da medicina convencional, dois pais de Modesto, na Califórnia, decidiram colocar mãos à obra. Seu filho de 5 anos sofria, em média, mil convulsões diárias. E agora que recorreram à cannabis o número decresceu de tal forma que os pais não ousam voltar atrás.

Jayden David sofria crises terríveis. Isso porque ele tem uma doença chamada Síndrome de Dravet, que é uma forma rara de epilepsia e autismo. Agora ele já tem 10 anos e, em algumas épocas, fica até 8 dias sem ter uma única convulsão. “Os dias do Jayden não são perfeitos, mas a sua a vida consegue ser infinitamente melhor do que alguma vez foi”, reconhece Jason, seu pai.

Suco de Jayden, um óleo à base de cannabis

A solução foi um tanto discutível para muitas famílias, mas foi a salvação da criança. Jayden toma um óleo à base de cannabis para controlar as convulsões. Esse é um óleo canabidiol que contém 1 mg de tetraidrocanabinol (THC) e não contém ingredientes psicoativos, o que significa que não causa alterações psicológicas.

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Antes Jayden estava medicado de modo a tomar 22 comprimidos por dia e por isso andava sempre meio que adormecido. O objetivo do pai é reduzir totalmente a medicação, para que o filho volte a ser a criança alegre de outros tempos.

Cannabis sativa: pode ou não pode?

De acordo com o médico Drauzio Varella, o canabidiol (CBD, derivado da folha da maconha), “possui diversas propriedades benéficas comprovadas no tratamento de esquizofrenia, Parkinson, fobia social, transtorno do sono, diabetes tipo 2 e mesmo na cura da dependência de drogas”. Mas certamente é altamente eficaz em alguns tipos de ataque de epilepsia.

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Mas você deve estar se perguntando se o uso de maconha para epilepsia não afeta o cérebro da criança, com ilusões ou algo do tipo. A preocupação é comum, mas o canabidiol é apenas um dos mais de 50 compostos presentes na maconha. E certamente não é o que produz as alucinações. Nos EUA, o CBD é autorizado pela FDA (vigilância sanitária americana), tendo porém o uso controlado.

É liberado no Brasil?

No Brasil, o uso é autorizado sim, mas extremamente burocrático para se conseguir. Tem que ser liberado por médicos inscritos na ANVISA, sendo poucos no país. Além disso, o produto é importado, o que torna o seu acesso ainda mais complicado. Cada caso médico será avaliado e autorizado ou não, passando por uma grande burocracia até a liberação.

Como usar?

O canabidiol é utilizado de forma oral, de acordo com a prescrição médica. Ele deve ser dado em horários fixos, de acordo com cada necessidade. Ele é prescrito em forma de óleo, que pode ser adquirido líquido ou em cápsulas, sendo seu uso restrito a alguns casos. Independente da forma, ele nunca deve ser ingerido sem orientação médica, pois age diretamente na química cerebral.

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Benefícios

Além de ajudar no controle de quadros graves de convulsão, o canabidiol é também prescrito para muitas outras doenças. Auxilia no tratamento sintomático de alguns tipos de câncer, além de agir positivamente em alguns tipos de demência, como o Parkinson.

Também é indicado para transtornos mentais como fobias, esquizofrenia e problemas do sono. Alivia a dor e pode ajudar até mesmo dependentes químicos. Sem dúvidas, um remédio que merece ser mais discutido e trabalhado, para que aqueles que precisam, possam ter acesso a ele, também no Brasil.

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