A vida começa na infância e termina na velhice. Ao menos, esse é o ciclo natural das coisas. Mas as experiências de cada uma dessas fases da vida estão muito distantes, separadas pela juventude e vida adulta. Então, nem todas as crianças sabem como é ser velho, e nem todos os idosos se lembram de como é ser criança.
Foi pensando em promover essas vivências e aproveitar todos os seus benefícios que o lar de idosos Amavir Coslada, em Madri, na Espanha, criou um dia de interação entre crianças e idosos.
Nesse dia especial, os idosos residentes do lar se preparam para receber crianças de 6 a 12 anos, desde o começo até o final do dia, com atividades monitoradas pelos profissionais que trabalham no asilo.
Juntos, idosos e crianças fazem uma série de atividades e conversam muito. São jogos, brincadeiras, contação de histórias, e a simples presença na vida uns dos outros que promovem benefícios maravilhosos para ambas as partes.
De acordo com a psicóloga do lar de idosos, Isabel Gómez de Salazar, os idosos terminam esse dia muito mais felizes, e para as crianças a troca de experiências também é muito enriquecedora.
”A interação é real. Sua memória floresce, assim como a concentração, e eles até esquecem de suas dores físicas. É incrível”.
Benefícios para os idosos
Muitos idosos que vão para o asilo são pessoas sozinhas e não recebem visitas. Eles até interagem com outros idosos e com os cuidadores, mas é totalmente diferente de receber crianças falantes, cheias de energia e curiosas.
Então, quando elas chegam ao asilo, toda a atmosfera do lugar se transforma, muitas memórias dos idosos vêm à tona e os ânimos se renovam. Eles esquecem de suas doenças e dores, voltam a ficar mais criativos, ativam a memória, melhoram a coordenação motora e ficam com menos sintomas depressivos.
Benefícios para as crianças
As crianças também ganham muito com esse dia de convivência. Elas têm a oportunidade de saber como é a vida desses velhinhos, aprendem a ser mais pacientes, a respeitar as pessoas mais velhas, a ouvir suas histórias.
Aprendem que, mesmo na velhice, as pessoas continuam tendo muita coisa para contar e para ensinar. Para as crianças que não convivem com os avós, também é uma oportunidade de ter esse sentimento.
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