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Por vingança, homem distribui panfletos oferecendo programas sexuais com ex-mulher

Os panfletos tinham informações como o número de telefone particular da mulher

Crédito: Freepik

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Separados há dois meses, o homem decidiu se vingar distribuindo panfletos que ofereciam programas sexuais com sua ex-mulher. Colocou o número particular e até o CRM (cadastro no Conselho de Medicina), além de foto e texto difamatório.

Essa vingança que ele confessou planejar e executar é crime pela Constituição Federal. Além disso, é também enquadrado na Lei Maria da Penha. E esse não foi o único delito que ele cometeu: também difamou a médica por telefone, falando com sua secretária.

Foram sete anos de casamento entre a médica, hoje com 44 anos, e o corretor de imóveis, de 48 anos. Eles têm uma filha de 4 anos. Parece que nem isso foi capaz de fazer com que ele tivesse o mínimo respeito.

Panfletos oferecendo a ex-mulher

Crédito: Divulgação/Folha de São Paulo

No dia 23 de junho desse ano, uma amiga e colega de trabalho da médica estava andando na Avenida Angélica, Zona Oeste de São Paulo, e deparou com o tal panfleto. Ele já vinha sendo distribuído em várias regiões da cidade, principalmente perto do seu local de trabalho, um hospital infantil.

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A foto chamou a atenção, porém o texto era absurdamente chocante. Dizia: “você homem – opção de divertimento em todas as redes sociais, me bloqueou no Okcupid – vale a pena! É cara!! Médica, atrevida e acompanhante linda. Dá mais a bu**** que like (11) xxxx-xxxx”.

Ali estava o seu telefone particular, fazendo com que recebesse diversas mensagens via WhatsApp extremamente desagradáveis. Recebeu também ligações, que passou a não atender. Assustada, ela foi até a delegacia prestar queixa, depois que recebeu a notícia da amiga. Ela ainda não sabia quem tinha feito aquilo e nem o porquê.

Na mesma semana, seu ex-marido ligou para sua casa e ela não estava. Imediatamente ele começou a gritar com a secretária, dizendo (entre outras difamações) que ela era uma vagabunda. A chamou de p*t* e outros nomes, igualmente desagradáveis.

Dessa forma, ela se encaminhou à mesma delegacia e registou um Boletim de Ocorrência contra ele. Imediatamente, os policiais que estavam no caso associaram à queixa anterior. A partir daí, foram até o escritório do ex-marido e ele confirmou ser o autor dos panfletos. Mostrou também o porta malas do carro, onde estavam envelopes com mais panfletos.

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A médica contratou advogados criminalistas para tratar o caso de acordo com a gravidade do mesmo. O homem diz que se arrepende, mas não quer falar sobre o tema nesse momento. A delegada Thaís Marafanti iniciou um inquérito para averiguar os crimes de difamação e violência doméstica.

Como denunciar

Você acha que foi um crime de violência doméstica? Sim, ele se enquadra na Lei Maria da Penha. Saiba que a violência não é somente física ou verbal, ela pode ser moral também. Muitas mulheres sofrem esse tipo de agressão e não sabem.

Se ele te desqualifica na frente de sua família, amigos e até colegas de trabalho constantemente, é crime. Se ele cria histórias falsas sobre você para outras pessoas e depois, em casa, diz que era brincadeira, é crime.

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Controlar seu dinheiro, onde vai, com que roupa, com quem (se é que sai de casa), também não pode. Xingar, humilhar, obrigar a fazer o que não quer – inclusive sexo – é crime. O Governo Federal esclarece em seu site os diversos tipos de violência contra a mulher.

No caso de qualquer tipo de violência, denuncie ligando para o número 190 ou 180. Lá, a mulher vai receber orientação de como proceder e se proteger, bem como à sua família. A única coisa a se evitar é o silêncio.

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