hidrogel de gengibre
Crédito: Divulgação Inpa

Hidrogel de gengibre evita amputação em pessoas diabéticas

Criado por um pesquisador brasileiro do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, é resultado de mais de 20 anos de trabalho

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Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) conseguiram desenvolver um medicamento que irá mudar a realidade de muitas pessoas pelo Brasil e pelo mundo. O produto desenvolvido trata-se de um hidrogel de gengibre que pode evitar que os pés e mãos de pacientes que têm diabetes sejam amputados. Essa história incrível tem acontecido no norte do país, na Amazônia.

Veja também: o que é e como tratar o pé diabético

Conheça o hidrogel de gengibre

Carlos Cleomir de Souza é o nome do pesquisador que, junto com o Inpa, desenvolveu o hidrogel de gengibre amargo que pode evitar a amputação das extremidades dos pacientes que têm diabetes. O pesquisador já vem desenvolvendo este projeto há cerca de 20 anos. Ele acredita que o produto tem o potencial de entrar no mercado brasileiro até o fim deste ano.

Carlos, que tem Doutorado em Biologia e Recursos Naturais, teve seu produto testado em 27 pessoas. As pessoas eram diabéticas e sofriam com úlceras nos pés e grande parte delas já tinha indicação para a amputação do membro. O hidrogel teve sucesso em 95% dos casos e levou os pacientes à cura das úlceras.

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hidrogel de gengibre produto
Crédito: Antonio Lima/A Crítica

O pesquisador conta que seu produto já está sendo desenvolvido e testado oficialmente desde o ano de 2004. Ele afirma que todos os pacientes que o utilizaram tiveram a cura em menos de dois meses de uso. O gengibre amargo, que é utilizado na fabricação do hidrogel desenvolvido por Carlos, tem propriedades altamente cicatrizantes, anti-inflamatórias, analgésicas e vasodilatadoras. Características essas que levam ao sucesso do medicamento desenvolvido.

Para que pudesse produzir o medicamento em grande quantidade, Carlos criou a empresa Biozer da Amazônia. Incubada no INPA, a companhia produzirá o gengibre amargo e será também responsável por distribuir o produto final para ser comercializado nos mercados e farmácias.

O projeto tem recebido ajuda da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), da Faculdade de Medicina do ABC (FMABC), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e da Fundação de Controle da Oncologia do Estado do Amazonas (FCecom).

hidrogel de gengibre amargo
Crédito: Antonio Lima/A Crítica

O hidrogel de gengibre está em processo para a liberação pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e já tem patente requerida.

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O projeto de muito orgulho de Carlos está se tornando um exemplo muito positivo sobre a capacidade de produção científica brasileira e também sobre o avanço que o investimento pode trazer para as pesquisas. Isso só comprova que o investimento só deve aumentar daqui para a frente.

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