Por que as grávidas não podem parir em Fernando de Noronha
Crédito: Wikimedia Commons

Por que as grávidas não podem parir em Fernando de Noronha?

Engravidar morando na ilha é ter a certeza de que precisará passar a fase mais delicada da gestação longe de casa e da família

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O arquipélago de Fernando de Noronha, localizado em Pernambuco, é um dos principais destinos turísticos do Brasil. Até quem nem nunca teve a oportunidade de visitar já ouviu falar. De fato, a beleza do lugar faz jus à sua fama. Mas o que pouca gente sabe, é que as mulheres grávidas não podem ter seus bebês em Fernando de Noronha.

Acontece que, em 2004, a única maternidade que havia na ilha foi desativada. Então, desde lá, quando uma gestante completa 7 meses de gravidez, é enviada para ter seu bebê na capital. São mais de 500 quilômetros percorridos, em uma viagem que é paga pela Coordenadoria de Saúde de Fernando de Noronha para a gestante e um acompanhante.

Por mais que o translado de ida e volta seja pago pelo governo e a viagem seja de avião, até hoje essa decisão de fechar a maternidade causa revolta. Até porque, não adianta apenas pagar a viagem e não oferecer a estadia com infraestrutura adequada até o pós-parto e a liberação para voltar pra casa.

Para registrar a revolta das mulheres que já tiveram essa experiência, foi feito um documentário sobre o tema, gravado de 2017 a 2019, chamado “Ninguém nasce no paraíso”. Vale a pena assistir, confira o vídeo abaixo:

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Por que é proibido ter bebês em Fernando de Noronha?

A verdade é que não existe uma proibição legal formal para o nascimento de bebês na ilha. A única explicação dada pelo governo local é que o custo de manter uma maternidade em um lugar com apenas 3 mil habitantes e cerca de 40 partos por ano, é muito alto e não compensa.

Eles preferem pagar para que as gestantes tenham seus bebês no IMIP, que é o hospital de referência em pediatria da capital pernambucana, e depois pagar para que voltem, mesmo sem o compromisso de garantir o bem-estar e a apoio psicológico que a mulher precisa nesse momento delicado.

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