Cientistas descobrem função desconhecida dos pulmões

Mais do que nos permitir respirar: os pulmões produzem sangue. Saiba mais sobre o estudo.

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As descobertas sobre o corpo humano realizadas pelas pesquisas científicas não param de avançar. Recentemente, um estudo mostrou uma função inesperada dos pulmões: a produção de plaquetas.

O estudo do qual estamos falando foi realizado com ratos de laboratório na Universidade da Califórnia e publicado na revista Nature. Para chegar a esta descoberta fascinante, de acordo com o autor da pesquisa, Mark Looney, ele e sua equipe utilizaram um método microscópico que faz com que as plaquetas (responsáveis pela coagulação do sangue) brilhem dentro dos vasos sanguíneos dos ratos vivos, permitindo visualizar células individualmente.

Nesta análise microscópica, eles detectaram células produtoras de plaquetas nos pulmões do ratinhos, que são denominadas megacariócitos. Depois de muita análise, eles descobriram que através destas células são produzidas mais de dez milhões de plaquetas por hora só nos pulmões.

Isso significa que, nos camundongos, este órgão é responsável por cerca de 50% da produção total de plaquetas do organismo. Um número muito substancial.

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Como se não bastasse a incrível descoberta, ainda foi possível observar a existência de mais de um milhão de células-tronco em cada pulmão. Estas, têm a capacidade de se transformar em qualquer outro tipo de célula, inclusive as sanguíneas.

Dessa forma, elas são capazes de sair dos pulmões e irem para a medula óssea reconstruindo totalmente a contagem de plaquetas. Ou seja, se acontecer de a medula parar de produzir células sanguíneas, esse trabalho ficará a cargo dos pulmões.

Com isso, planejam-se novos estudos sobre o poder das células-tronco em passar por todo o corpo através da corrente sanguínea para conhecer cada órgão em que podem se transformar.

A partir de agora, muitas novidades irão começar a surgir no campo de doenças inflamatórias, tromboses, sangramentos e transplantes de pulmão. Os estudos ainda não foram feitos em humanos, mas estes resultados abrem portas para que isso comece a acontecer.

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