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Fotógrafo Sebastião Salgado e esposa estão há mais de 20 anos replantando floresta

A fazenda da família estava destruída, assim como a alma do fotógrafo. Então, ele resolveu promover o renascimento

Crédito: Ricardo Beliel

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No ano de 1994 o fotojornalista Sebastião Ribeiro Salgado estava na África Oriental para documentar o terrível genocídio de Ruanda, que ocorreu de 7 de abril a 15 de julho daquele ano, durante a Guerra Civil de Ruanda. Dá para imaginar o quão traumatizante foi para o fotojornalista presenciar cenas de tamanha maldade. Ele voltou ao Brasil de coração partido, sentindo-se tão morto quanto aquelas pessoas injustiçadas.

Em seu retorno, Sebastião então foi para a fazenda da família, em Minas Gerais, que costumava ser uma exuberante floresta com rica fauna e flora. Mas não foi isso que ele encontrou. No local havia apenas 0,5% de árvores e não havia mais vida selvagem. Em entrevista ao The Guardian, ele afirmou “a terra estava tão doente quanto eu”.

Aquele momento da vida de Sebastião precisava de renascimento em todos os sentidos. Então, sua esposa Lelia teve a ideia de replantar a floresta que havia antes naquela fazenda. Eles não poderiam fazer isso sozinhos, e assim, em 1998, eles fundaram o Instituto Terra, uma organização ambiental dedicada ao desenvolvimento sustentável do Vale do Rio Doce.

Nos anos seguintes, Sebastião e Lelia, junto com a equipe do Instituto Terra, começaram um cuidadoso trabalho de renascimento da floresta de 709 hectares. Agora, a antiga fazenda familiar é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural que conta com 293 espécies de árvores, 172 espécies de pássaros, 15 espécies de répteis e anfíbios e 33 de mamíferos.

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Toda essa nova fauna e flora que eles devolveram para a terra teve um grande impacto da vida das pessoas que vivem na região, alterando o clima, rejuvenescendo nascentes e melhorando a qualidade de vida. O resultado até agora é sensacional, e também cumpriu com uma das missões iniciais: “todos os insetos, pássaros e peixes voltaram e, graças a esse aumento de árvores, eu também renasci – esse foi o momento mais importante”, disse Sebastião.

Veja algumas fotos do antes e depois, do trabalho cuidadoso da equipe e das espécies que hoje vivem livres da reserva:

 

Conheça mais sobre o projeto e veja quem são Sebastião e Lelia, neste vídeo do Instituto Terra:

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