fogão solar usp
Crédito: USP

Fogão solar da USP ajuda a economizar no gás, melhorar a saúde e produzir menos poluentes

O projeto ainda está em fase de estudo em comunidades vulneráveis

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De acordo com os dados levantados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018, cerca de 14 milhões de famílias brasileiras usaram lenha ou carvão para cozinhar seus alimentos. Esse número foi maior do que o levantado nos dados de 2016.

Os motivos variam entre a constante alta no preço do gás de cozinha e o hábito desse modo de cocção de alimentos na vida de quem mora longe dos centros urbanos.

Mas o grande problema é que, tanto o carvão quanto a lenha, oferecem maior risco à saúde quando sua fumaça é respirada pelas pessoas que vivem na casa. Ao longo do tempo, a exposição à fumaça pode levar a problemas cardíacos e respiratórios.

O projeto do fogão solar

Então, para lidar com esse problema, a USP está trabalhando no projeto do fogão solar. Esse projeto atende a três Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que são relativos às mudanças climáticas, à saúde da população e ao uso de energias limpas e renováveis.

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O fogão solar vai oferecer a famílias em situação de vulnerabilidade social a possibilidade de cozinhar sem exposição à fumaça e sem gerar poluentes no planeta, aproveitando a energia do Sol, que é limpa e de graça.

Vantagens e desvantagens

Conforme explica o professor Alberto Hernandez Neto, da Escola Politécnica da USP, esse fogão solar não traz desafios tecnológicos, apenas irá trazer uma mudança cultural de fácil adaptação, o que é uma vantagem.

Nesse fogão, o cozimento é um pouco mais lento em comparação ao gás, e esse é um dos fatores que vai exigir a adaptação das pessoas em nome da saúde e da economia.

Além disso, existem diferentes tipos de fogão solar, e o que eles estão experimentando para as famílias de baixa renda é o modelo de concreto, que a princípio é um modelo experimental para que o projeto possa ser colocado em prática com as famílias que aceitarem participar.

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Como vai funcionar?

Para começar a inserir o fogão solar nas comunidades de baixa renda, o projeto vai conceder o fogão, ensinar a usá-lo, além de monitorar a qualidade do ar interno de cada casa e a saúde dos moradores. Assim, esses dados serão usados para comprovar a eficiência do projeto e para facilitar o entendimento das pessoas sobre as vantagens desse novo eletrodoméstico.

Então, por enquanto, o projeto do fogão solar é apenas um estudo que será feito nas comunidades de Intervales e Parelheiros, em São Paulo. Conforme os resultados positivos forem surgindo por meio do monitoramento das equipes da USP, então o projeto dará o próximo passo, que é a comercialização dos fogões.

Em paralelo ao projeto, um restaurante em Osasco também está experimentando o uso das técnicas culinárias com o fogão solar para estudar a inserção desse equipamento em diferentes esferas da sociedade.

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