Ninguém deve pensar em ter filhos só para que eles cuidem dos pais na velhice. Mas, muitas vezes, esse cuidado é necessário, como no caso desta filha que largou o emprego dos sonhos para cuidar da mãe com Alzheimer.
Jacquelyn Revere estava com 36 anos, morando em Nova York no emprego que sempre quis, quando recebeu a notícia de que sua mãe, com apenas 59 anos, foi diagnosticada com Alzheimer.
Esse é um momento difícil para a família porque a doença ainda não tem cura e só vai piorando com o tempo. A pessoa com Alzheimer vai precisando de cada vez mais cuidados, pois perde suas capacidades e pode até se colocar em risco de morte.
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Então, apesar de estar com a vida encaminhada, trabalhando com o que queria, Jacquelyn soube, naquele momento, que precisava largar tudo e voltar para casa, onde sua mãe e sua avó precisavam dela.
“Mudar de casa para cuidar da minha mãe e da minha avó não era uma opção, elas precisavam de mim. Tirei um período de licença de 21 dias e voei de Nova York para Los Angeles, e nunca mais voltei, exceto por uma viagem para arrumar minhas coisas”, comentou Jacquelyn.
A vida de Jacquelyn mudou por completo: passou a ser uma dedicação diária à mãe e à avó, ajudando-as com tudo, desde a hora de tomar o café da manhã até quando elas vão para a cama.
Há sacrifícios que temos que fazer na vida, e não precisamos esconder que está sendo um sacrifício, fingindo estar tudo bem. Ter dinheiro para cuidar de uma pessoa idosa e doente, sem ter um emprego, também é muito desafiador, e Jacquelyn passou por tudo isso.
O tempo foi passando, e avó faleceu. Vieram mais dificuldades financeiras, o que obrigou a filha a alugar um quarto na casa da mãe para uma pessoa estranha, pois precisava de alguma renda.
Mais tarde, em 2022, a mãe com Alzheimer também faleceu e o que sobrou foram as lembranças e o aprendizado. Agora, depois dessa experiência, Jacquelyn ajuda outras pessoas que cuidam de idosos com Alzheimer e passam por dificuldades que ela passou.
“É ótimo que algo em que trabalhei tanto antes de cuidar da minha mãe não tenha sido completamente perdido, mas ainda assim, agora tenho essa paixão intensa pelos cuidadores e por fazê-los se sentir menos sozinhos”, concluiu.
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