Falar sobre sexo com as crianças
Crédito: Freepik

Falar sobre sexo com as crianças: perguntas comuns e como respondê-las

Escolher não abordar o assunto é deixar que seu filho aprenda com os outros — e isso pode ser perigoso

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Para muitos pais, falar sobre sexo com os filhos é um grande tabu. Mas, se as crianças e adolescentes se sentirem livres e seguros para tirar suas dúvidas com uma pessoa confiável, será muito menor o risco de terem problemas, como se envolverem com pessoas erradas, uma gravidez não planejada ou contrair uma doença.

Então, saber falar sobre sexo com os filhos é importante para a segurança e a autoestima deles. Veja algumas dicas de como fazer isso, de acordo com a idade do seu filho.

Dúvidas mais comuns sobre sexo em cada idade

As crianças pequenas podem perguntar alguma coisa relacionada a sexo, sem terem ideia do que isso significa. Então, a resposta deve ser apenas pontual, sem complicações. Já para os pré-adolescentes e adolescentes, a conversa precisa ser mais específica, principalmente quando envolve riscos. Veja só.

Dos 18 meses aos 3 anos

Essa é a fase da vida em que os pequenos começam a usar o banheiro e a descobrir seus órgãos sexuais. Mesmo que os pequenos não façam perguntas sobre as diferentes utilidades do órgão, é importante aproveitar para ensiná-los sobre privacidade e intimidade, ou seja, que nessas partes do corpo ninguém pode tocar ou ver, a não ser eles mesmos ou a mamãe (ou outro adulto cuidador de confiança, caso necessário).

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Dos 4 aos 5 anos

Nessa fase, os pequenos vão notar que existem diferenças entre o órgão sexual dos meninos e das meninas. Eles vão ter a curiosidade de tocar o próprio corpo e vão experimentar sensações diferentes, que podem gostar. É importante não proibir, mas ensinar-lhes que só devem fazer isso sozinhos, nunca na presença de outras pessoas, sejam quem forem.

Dos 6 aos 8 anos

Os pequenos nessa idade vão perceber que as mulheres engravidam e vão querer saber como isso acontece. O ideal é explicar de forma simplificada, mas sem inventar histórias mirabolantes. “O papai colocou a sementinha na mamãe, a sementinha cresceu na barriga e nasceu”. Não precisa explicar nada envolvendo o prazer do sexo, apenas a “mecânica” do processo, caso a criança pergunte mais alguma coisa. Mostrar livros educativos é uma boa opção.

Dos 9 aos 11 anos

Essa é a fase em que muitos meninos e meninas começam a notar mudanças no corpo. É importante que eles não sejam constrangidos por causa disso, ou vão perder a coragem de tirar suas dúvidas com quem deveriam. Apenas aja naturalmente, passe informações sobre higiene íntima, menstruação, e respeite a privacidade do seu filho ou filha.

Dos 12 aos 13 anos

Os pré-adolescentes que se sentem livres para tirar dúvidas com os pais, podem questionar sobre vida sexual, ejaculação, gravidez, menstruação, masturbação, preservativos e afins. É importante que os pais tenham as informações corretas para dar aos filhos e não os reprimam por fazer essas perguntas.

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Dicas para falar sobre sexo com crianças e adolescentes

Se os pais sentirem vergonha de falar sobre sexo com os filhos, eles vão achar que esse é um assunto errado, proibido e vão fazer tudo do mesmo jeito, só que escondido ou perguntando pra pessoas erradas, que vão dar maus conselhos.

Então, deixe de lado os tabus e a vergonha, busque informação em livros, sites e vídeos educativos sobre sexualidade para poder atender às dúvidas das crianças e adolescentes. É assim que você ajudará seus filhos a cuidarem melhor do próprio corpo e a se protegerem de abusos e violência sexual.

Como já foi dito, para as crianças pequenas, responda apenas o que elas perguntarem, sem ir além do necessário. Quando elas estiverem satisfeitas com a resposta, vão parar de perguntar.

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Nunca faça seu filho se sentir reprimido ou constrangido quando o assunto for sexualidade, pois criará um abismo entre vocês e deixará de saber o que seu filho está pensando e fazendo.

Se o seu filho chegar por volta dos 10 anos e nunca tiver feito nenhuma pergunta relacionada à sexualidade, comece a introduzir o assunto em casa, em momentos oportunos e de forma natural, sem criar uma situação constrangedora. Pode ser que ele tenha dúvidas, mas tem medo ou vergonha de perguntar. Então, assim, sentirá que está tudo bem falar sobre isso.

Lembre-se que, em qualquer idade, orientar é melhor do que repreender. Se você pegar seu filho fazendo alguma coisa relacionada a sexo, como masturbação ou vendo pornografia, não o faça se sentir humilhado ou proibido.

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Sair do ambiente já será o suficiente para seu filho parar o que estiver fazendo e se sentir envergonhado. Mas, não finja que nada aconteceu. Quando tiver a oportunidade, diga que você entende a curiosidade dele/dela por essas coisas e que vai estar ali para tirar dúvidas sempre que seu filho quiser.

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