Exercícios de força para quem teve Covid-19
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Exercícios de força para quem teve Covid-19: benefícios e cuidados a ter

Esses exercícios trazem o benefício de fortalecer os músculos de quem ficou internado, sem sobrecarregar o sistema cardiovascular

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Depois de se curar da Covid-19 vem o alívio por ter vencido essa doença que já matou milhares de pessoas pelo mundo. Mas não significa que o corpo está totalmente recuperado. Principalmente as pessoas que tiveram de ser internadas para tratar da doença, a necessidade de fortalecer os músculos vem logo depois da cura.

De acordo com o artigo científico publicado pelo profissional de educação física Paulo Gentil, da Universidade Federal de Goiás (UFG), os pacientes curados da Covid-19 devem iniciar treinamentos resistidos (como são chamados os exercícios que exigem força, mas não tanto esforço respiratório) para fortalecerem os músculos, sem sobrecarregar o sistema cardiovascular, que é a área mais debilitada do organismo nesses casos.

Benefícios dos exercícios de força para pacientes curados da Covid-19

Exercícios de levantamento de peso, que são mais lentos e não aceleram tanto o coração, trabalham o fôlego de forma mais leve ao mesmo tempo em que preparam o corpo para voltar aos movimentos normais que foram afetados pelos dias de internação. Entre os principais benefícios, estão:

  • Fortalecimento da imunidade
  • Melhora da função cardíaca sem sobrecarga
  • Retorno dos movimentos em menos tempo do que sem musculação
  • Controle dos problemas psicológicos que a doença pode trazer, como depressão e ansiedade

Cuidados ao adotar musculação depois de se curar da Covid-19

  • Os pacientes recém-curados da Covid-19 estão com o organismo mais fraco, isso é fato. Portanto, mais do que em uma situação normal, devem consultar um preparador físico antes de iniciarem a prática de musculação.
  • O primeiro cuidado é com a volta para as academias. Se o paciente precisou ficar internado, é melhor fazer todos os exames necessários e seguir todas as recomendações do profissional de saúde antes de começar, pois terá que pegar leve no começo.
  • Para os pacientes que pegaram Covid, mas não precisaram de internação, é bom aguardar de 1 a 3 semanas antes de começarem os exercícios, e devem começar em um ritmo mais leve, sempre de forma gradual para que o corpo acompanhe sem fraquejar.
  • Esse ritmo mais leve, que serve para todos os curados da Covid-19, significa fazer sessões com no máximo 45 minutos de duração e duas vezes por semana. Mais do que isso pode ser um exagero para o organismo.
  • Além disso, as repetições devem ser no máximo 6 por exercício, pois assim é possível controlar melhor o ritmo cardíaco e não abusar dos pulmões que estão em recuperação.
  • Quanto ao horário, vai depender de cada pessoa. O importante é escolher um horário em que se sentir mais disposto e cuidar para que não seja muito tarde, caso perceba que os exercícios podem atrapalhar o sono.
  • Mesmo que não puder ter um treinador de forma presencial é importante ser acompanhado por um profissional on-line para garantir que está fazendo os exercícios do jeito certo e para saber se o corpo está respondendo bem e já pode partir para o próximo nível.

Outras ideias de exercícios

Para voltar aos poucos e perceber como está a capacidade física depois da plena recuperação, alguns exercícios podem ajudar.

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Se o paciente não ficou internado, já está sem sintomas e quer voltar a se exercitar, pode começar a fazer os seguintes movimentos:

  • Subir e descer escadas, aos poucos. Observe sempre a capacidade respiratória, não insista se estiver muito cansado. Se achar fácil, pode aumentar os andares. Não force.
  • Caminhar pelo quintal ou quarteirão, começando por 6 ou 10 minutos por vez. Aumentar a velocidade ou a duração conforme perceber melhora no fôlego.
  • Levantar e sentar de uma cadeira firme, tentando não se apoiar em nada. Comece com séries curtas de um minuto e só aumente se estiver fácil de fazer.

Já se o paciente precisou de internamento e respirador, os cuidados precisam ser mais intensos, sempre contando com auxílio de pelo menos mais uma pessoa:

  • Tentar sentar na cama, deixando os pés pendurados para fora. Sem nenhum apoio nas costas, procurar manter a posição por 10 minutos, sempre observando para não exigir muito esforço respiratório.
  • Com a evolução do exercício anterior, já pode tentar ficar de pé. “Passeie” pela casa, aos poucos, fazendo caminhadas curtas. Gradativamente, volte a participar das atividades da casa, como colocar pratos e copos na mesa para o almoço, por exemplo.

Consulte sempre um profissional da saúde para ter certeza que essas sugestões são adequadas.

Artigo com informações da Veja Saúde e Portal Hospitais Brasil

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