De acordo com os dados divulgados pela Prefeitura de São Paulo no dia 28 de abril, o risco de morte por covid-19 é 10 vezes maior nos bairros com piores condições sociais. De fato, por conta da dificuldade que estas pessoas encontram para se protegerem da forma recomendada contra o coronavírus, esses dados fazem todo o sentido.
Mas é necessário realizar análises para obter dados reais antes de fazer qualquer divulgação. Então, a prefeitura de São Paulo fez uma distribuição dos distritos da cidade em três grupos, que foram: áreas de inclusão social, áreas de exclusão nível 1 e áreas de exclusão nível 2.
Para a formação destes grupos, foram considerados indicadores como desenvolvimento humano, qualidade de vida, autonomia e equidade, considerando uma classificação de inclusão ou exclusão social criada pelo Núcleo de Seguridade Social da PUC-SP em 1991.
Áreas mais pobres têm mais risco de morte
Isso não quer dizer que as pessoas mais velhas, acima dos 60 anos, não estejam sofrendo por viverem em regiões menos privilegiadas. Na região chamada de “exclusão nível 1”, 90% das mortes é de pessoas a partir dos 50 anos. Na região chamada de “exclusão nível 2”, 90% das mortes é de pessoas a partir dos 40 anos.
Nas áreas nobres os idosos são mais afetados
Nas regiões mais nobres da cidade, o risco de morte é maior para as pessoas acima de 60 anos. Os distritos com maior proporção de morte de idosos são Campo Limpo, Itaim Paulista, Parelheiros e São Miguel Paulista. Já os distritos com menor proporção de mortes de idosos são Vila Mariana, Pinheiros e Santo Amaro.
Até o momento, o Morumbi, na Zona Sul, é a região com maior número de casos confirmados, enquanto a Brasilândia, na Zona Norte, é a região com maior número de mortes e suspeitas.
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