A ideia inicial de qualquer prisão é reabilitar os detentos para o convívio social. Infelizmente, geralmente não é isso o que acontece, tendo condições de vida deploráveis, expostos a mais criminalidade. Porém, um projeto inovador está ajudando não somente na reabilitação, mas também em muitos outros aspectos.
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ReabiliCÃO dos detentos
O projeto é realmente fantástico, em que ganham os detentos, a sociedade e, certamente, os cachorros abandonados. Nele, alguns presos selecionados pelo seu comportamento e perfil psicológico são escolhidos para participar. Lá, eles têm que lidar com clientes fieis e adoráveis: cachorrinhos de rua que foram recolhidos pela instituição.
Esse é um projeto recente, autorizado pela equipe responsável pela penitenciária de Canhanduba, localizada em Santa Catarina. O projeto levou um ano para ficar pronto, em todos os detalhes, sendo aprovado e executado com alegria. Nele, os detentos têm a chance de desenvolver novas habilidades, inclusive uma profissão.
O que eles fazem
Toda a estrutura é mantida com o apoio de entidades. Além disso, tudo dentro do projeto é feito pelos prisioneiros em recuperação. Por exemplo, a parte de reforma do espaço foi feita por eles e conta hoje com canil, grama para brincadeiras e até mesmo uma piscina, para os cachorros se refrescarem.
Lá, eles cuidam, passeiam, brincam e mantém o ambiente limpo. Em contrapartida, estão recebendo treinamento certificado em banho e tosa, ficando prontos para o mercado de trabalho. O projeto está melhorando a vida de todos, consequentemente, também reduz o tempo de pena. A cada 3 dias trabalhados, eles passarão um a menos na prisão.
Resultados
Mesmo que esteja ainda no início, o projeto reabilitaCÃO tem mostrado seus resultados. Os participantes estão mais otimistas com o futuro e o comportamento está muito melhor. Isso porque a convivência com os cães e o afastamento de uma estrutura prisional falida são uma combinação ímpar. Além disso, a garantia de que sairão com uma profissão é de grande valia.
Esses resultados são comprovados pela equipe de psicólogos e assistentes sociais que acompanham o projeto. Eles fizeram diversos testes para selecionar os participantes, que são repetidos ao longo do trajeto. E a melhora é impressionante, não apenas no temperamento mas também sobre a visão de si e do futuro.
O que os detentos pensam do projeto
Os presos selecionados falam sobre o que o projeto representa e como estão se sentindo depois de fazer parte do mesmo. Um deles, de 36 anos e preso por tráfico de entorpecentes, está preso há 3 anos. Ele diz que assim que começou a trabalhar no reabilitaCÃO, passou a sentir mais paz, empatia e gratidão. Diz que é extremamente gratificante fazer parte disso tudo.
Ele vê essa oportunidade, não apenas como uma forma de sair e interagir mais, mas também como a chance de ter crescimento profissional. A partir daí, certamente há uma mudança no olhar, fazendo com que as escolhas no futuro sejam mais benéficas para ele e para a sociedade. Sem dúvidas, é uma grande oportunidade a ser abraçada.
