Hoje em dia, muitos pais evitam dar doces industrializados aos seus filhos pequenos. Mas, depois de certa idade, todos merecem experimentar o sabor delicioso de um doce. Para Nicolas, a espera levou 9 anos, tempo que precisou para operar uma malformação no esôfago.
O doce que ele mais tinha curiosidade em provar era o alfajor, uma das delícias típicas do Uruguai, onde ele mora com a família.
“Foram nove anos esperando sentir o sabor delicioso do doce. Nico sempre recebeu o doutor com um abraço, mas naquele dia foi ainda mais especial. Ele já chegou desembrulhando um pacotinho, entregou pro Nico e na hora pude ver o brilho no olho do meu filho”, disse a mãe, Márcia Fagundez Bordenave.
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O processo de Nico com sua doença, a chamada de atresia esofágica, não foi fácil. Desde o nascimento, ele passou por sete cirurgias, além de outros procedimentos antes de chegar à Santa Casa.

Para esta cirurgia, o cirurgião pediátrico Rafael Deyl, do Hospital da Criança Santo Antônio, explicou que foi preciso a retirada e uma fístula traqueoesofágica (uma conexão anormal no sistema digestivo).
“A gente tinha mais ou menos 10 centímetros de esôfago perdido, que estava ligado direto na traqueia e não no estômago”, relatou o médico.
A cirurgia foi complexa, porque além da retirada da fístula, também foi preciso realizar um procedimento de levantamento gástrico para que todo o trânsito intestinal pudesse ser reconstruído.

Segundo Márcia, a primeira mordida foi tímida, cheia de receio, mas não demorou muito para Nico devorar o alfajor todo.
A mãe não conteve as lágrimas, assim como a equipe que acompanhou a realização do sonho do garoto.
Fonte: Correio do Povo

