pastor racista
Crédito: Reprodução Instagram

Pastor faz declaração racista em live e gera revolta

Ao contar como conheceu a esposa, ele disse que ela se destacou por ser a única loira em meio ao povo mais moreninho e meio sujo

Publicidade

Uma live realizada pelo pastor Rodrigo Santos e sua esposa Jéssica Maciel, que há 8 anos atuam como pastores fora do Brasil, foi retirada do ar depois de gerar muita revolta. Na live, Rodrigo contou como foi que conheceu Jéssica, e sua explicação foi repugnante:

“Para quem é de Toledo (PR) e sabe… a Igreja Batista do Calvário fica na Vila Pioneira, que é uma região mais pobre, né? E na Pioneira a gente não via loira, né? Como a minha esposa, e quando ela veio para o culto, tipo, destacou, porque o pessoal [da igreja] é tudo assim mais classe pobre, mais moreninho, meio encardido, um povo meio sujo, mas ela veio e essa aí é da zona norte, zona mais nobre da cidade…”, disse.

Naturalmente, a live recebeu uma chuva de críticas dos fiéis que estavam acompanhando, e também depois da transmissão, já que o vídeo ficou algum tempo no ar. Por conta dessa repercussão negativa, a Primeira Igreja Batista do Calvário, mencionada na live, resolveu emitir uma nota no Facebook repudiando as falas de Rodrigo.

A Primeira Igreja Batista do Calvário em Toledo, tem uma história de quase quatro décadas desenvolvendo suas atividades…

Publicado por Batista Calvario Toledo em Terça-feira, 16 de junho de 2020

Como denunciar atos de racismo

Assim como mencionado na publicação da igreja, o racismo é um crime previsto pela Lei 7.716/89, e pelo Estatuto da Igualdade Racial (Lei 12.288/2010) que definem essa prática como crime inafiançável, inaceitável e indefensável. Portanto, deve sempre ser denunciado.

Publicidade

Os atos que caracterizam esse crime são a discriminação pela raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional, prevendo punição de 1 a 5 anos de prisão e multa aos infratores.

Se você for vítima ou presenciar uma situação de racismo, deve relatar o ocorrido em delegacias comuns ou nas que prestam serviços específicos, como as Delegacias de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), que funcionam em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Veja também: aluna de 14 anos sofre racismo na escola e caso vai para a justiça

PODE GOSTAR TAMBÉM