A vida dos monarcas é contada nos livros de história, filmes e documentários, com base nos registros que permaneceram intactos (ou quase) ao longos dos séculos. Hoje em dia, ainda se consegue ter uma mínima ideia de como vive a realeza no mundo moderno, já que ainda existem reis e rainhas Inglaterra e na Espanha, por exemplo. Mas, que tal imaginar como seria a vida dos monarcas que viveram há alguns séculos? E se eles, com aquela personalidade, tivessem nascido atualmente?
Dom Afonso Henriques – o rei das pernas finas
O primeiro rei de Portugal foi Dom Afonso Henriques, conhecido como “Pai da Pátria” e “Rei dos Portugueses”.
Não se sabe ao certo quando e onde Afonso Henriques nasceu, mas, segundo o historiador português João Ferreira – autor de livros sobre a monarquia portuguesa, o bebê Afonso Henriques nasceu muito fraquinho, deixando preocupados seus pais D. Teresa de Leão e D. Henrique.
Ele tinha as pernas fininhas e tortas, o que deixou seus pais na dúvida se ele um dia seria capaz de caminhar ou andar a cavalo. Certeza eles não poderiam ter até que seu filho tivesse idade para andar, afinal, era por volta do ano 1109 e não havia nada além da fé que pudesse trazer algum acalento.
Numa tentativa de melhorar a saúde do filho, D. Teresa de Leão e D. Henrique o entregaram ao aio Egas Moniz, “guerreiro muito respeitado”, que levou o menino com orações e promessas à Nossa Senhora de Cárquere, em Resende.
Quando foi trazido de volta, ele estava muito bem de saúde, parecia outra criança. Há especulações de que o menino tenha sido trocado pelo filho saudável de Egas Moniz para que este não tivesse problemas com os monarcas.
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Como seria D. Afonso Henriques hoje em dia

Certamente, ainda que não ocupasse o cargo de rei, hoje em dia D. Afonso Henriques seria um homem cheio de bravura e apaixonado pela sua terra-natal, onde provavelmente ainda viveria.
Como ele era bastante preocupado em demonstrar sua força física, devido à fraqueza que tinha quando nasceu, não seria estranho vê-lo exercitar o corpo na muralha ou organizando maratonas com passagem pelos principais espaços da cidade, como o Largo da Oliveira, sem medo de ser notado (é, ele também teria lá o seu ego).
Mais difícil seria ver o rapazinho das pernas finas de copo da mão numa balada. Afonso Henriques é um homem ocupado, sem tempo a perder e sem calorias a mais para queimar.
Um homem leal à família
A relação familiar de Afonso Henriques possivelmente seria de proximidade com os seus, afinal, teve sete filhos e, como filho, quase sempre mostrou-se leal. Houve uma ocasião em que ele e a mãe ficaram frente a frente na Batalha de São Mamede, quando seu pai já era morto.
De um lado, “portugueses”, do outro lado, “galegos”, disputando o território que haveria de ser Portugal. De fato, Afonso Henriques e a mãe estavam em barricadas opostas, já que D. Teresa não só apoiava as tropas do Conde galego Fernão Peres de Trava como era sua amante.
O fim da história foi que D. Afonso Henriques liderou as tropas vencedoras, o Condado Portucalense não passou para as mãos dos galegos e o homem que haveria de ser coroado primeiro rei de Portugal ficou para sempre como o “Pai da Pátria”. Guimarães ficou marcada como o berço dessa pátria.
Mas nem por conta dessa batalha em que D. Afonso Henriques venceu, ao mesmo tempo em que perdeu a mãe, ele seria hoje considerado um desgarrado. Pelo contrário, Afonso Henriques seria do tipo leal, para a família e para os amigos, mesmo que isso implicasse lhes dizer coisas pouco simpáticas — “ele nunca levava desaforos para casa”, nota João Ferreira.
No fundo, Afonso seria um jovem de boa família, com uma educação centrada nos valores militares e um irreprimível culto e paixão pelo corpo. Sempre apaixonado pelo país e pelos portugueses, vendendo a todos os turistas em Guimarães a ideia de um país único.
Adepto da academia
Se a academia não fosse a sua grande paixão, o jovem Afonso escolheria o rugby, o esporte que melhor combina a dureza com a lealdade. Só que a vontade de treinar sozinho e de depender só de si próprio e das suas capacidades é mais forte para alguém que cresceu com o estigma da “perna fina”.
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