A calvície é um problema que atinge homens e mulheres de várias idades, apesar de ser mais comum em homens a partir dos 40 anos.
Na busca por soluções efetivas, as pessoas buscam ajuda de dermatologistas ou farmacêuticos e fazem tratamentos com loções ou medicamentos, que nem sempre surtem o efeito desejado ou necessitam de uso contínuo, o que pode ser prejudicial para o organismo de algumas pessoas.
Por estas razões, cientistas da Universidade de Indiana, em Indianápolis, nos Estados Unidos, estudaram e conseguiram desenvolver em laboratório um tecido de pele com pelos a partir de células-tronco de camundongos, o melhor resultado obtido até o momento.
Por meio da utilização das células-tronco, que são capazes de dar forma a diversos outros órgãos do corpo, os cientistas observaram que o tecido desenvolveu as duas camadas da pele, com quatro diferentes tipos de células dérmicas e outros quatro de epidérmicas, chegando a um modelo idêntico ao crescimento dos pelos nos camundongos.
Essa criação da “pele peluda” agora serve como ferramenta para ensaios de medicamentos para tratar a calvície, oferecendo resultados mais verdadeiros para o desenvolvimento de produtos mais eficazes.
Apesar de serem utilizadas células-tronco de camundongos, é possível testar produtos que sirvam para humanos, já que o organismo desses animais possui 80% de similaridade com o dos humanos.
Além de utilizar estes modelos de “organoides” (como são chamados cientificamente) para testar novos medicamentos para calvície, a criação também abre portas para um futuro desenvolvimento de tecidos peludos a partir de células-tronco humanas, como afirma o professor Karl Koehler, responsável pelo estudo.
O cientista acredita que quando atingirem sucesso nesse nível, muitos outros estudos poderão ser feitos, como por exemplo para o tratamento de câncer de pele.
Agora é só aguardar as próximas etapas da pesquisa que levem ao desenvolvimento de novas soluções – mais eficazes e efetivas – para a calvície.