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Sentir culpa por não querer fazer nada na quarentena é normal?

Essa culpa é o resultado de uma pressão social que o afeta mesmo quando a vida pede distanciamento social

Crédito: Freepik

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O mundo foi pego de surpresa por uma pandemia. Todas as mídias começaram a se encher de informações e orientações para um novo modo de vida. O estado de quarentena se instalou. A partir daquele momento, a ordem foi ficar em casa o máximo de tempo possível e não se aproximar das outras pessoas, o máximo possível.

Infelizmente, nem todos tiveram a oportunidade de ficar em isolamento social, e estando saudáveis. Alguns tiveram que continuar saindo de casa para trabalhar, outros tiveram que passar vários dias em isolamento obrigatório por estarem contaminados, ou com suspeita de contágio.

Mas existe também uma parte da população que foi para casa. Apenas ficar em casa, sem estar infectado e podendo trabalhar de forma online ou pegando férias para que a empresa pudesse tentar equilibrar as contas e as rotinas.

Essas pessoas se viram em uma situação de grandes mudanças repentinas no seu estilo de vida. Para muitos, seria um grande privilégio apenas ficar em casa fazendo nada, ou escolhendo poucas atividades preferidas enquanto espera-se o tempo passar.

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Para outros, a ideia de ficar em casa fazendo nada virou o maior de todos os problemas. “E a minha vida social? E tudo o que eu poderia estar fazendo e não estou?” Então, na internet também começaram a surgir infinitas opções de atividades para fazer sem sair de casa: dicas de coisas para organizar, exercícios para fazer, filmes e séries para assistir, livros para ler, brincadeiras para fazer com os filhos e os animais de estimação.

Se você faz parte desse grupo, responda: se animou para fazer tudo isso e mais um pouco estando confinado dentro de casa? Para muitos, a resposta é direta: não!

Mas aí, com essa resposta, surge um outro problema: a culpa por preferir o ócio, que é a escolha de poder fazer nada com o seu tempo livre. Dessa culpa surge a ansiedade, o medo, a tristeza e a sensação de estar perdendo oportunidades e tempo de vida.

“Eu deveria estar preenchendo meu dia livre com o máximo de atividades possível? Deveria estar aprendendo coisas novas, ensinando coisas que eu sei para os outros, me ocupando de alguma forma?”

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Essa resposta também é direta: não! Você não tem essa obrigação. Se tem a possibilidade de fazer todas essas coisas, e também a possibilidade de ficar deitado no sofá zapeando a televisão, ou tomando um café enquanto olha pela janela, escolha o que tiver vontade.

O importante mesmo é estar sempre cuidando da sua saúde física e emocional, pois esses são pilares essenciais a manter em equilíbrio nesse momento. Afinal, o mundo continua travando uma batalha lá fora, e o motivo dessa batalha inclui manter você a salvo. Por agora, sua parte é ficar em casa e ficar bem, sem culpa.

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