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Crédito: Freepik

9 Coisas que os pais de crianças com deficiências e transtornos queriam que você soubesse

Por não ter contato frequente com pessoas especiais, você pode ter dificuldade na hora de interagir com elas e os pais. Essas dicas podem ajudar

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Muita gente não convive ou não tem familiaridade com o universo das pessoas com deficiência e pessoas com transtornos de desenvolvimento. Por isso, pode ser difícil agir da forma adequada quando está na presença dessas pessoas.

Se você tem boas intenções para se relacionar com os pais e com as próprias crianças com deficiências e transtornos, mas fica com medo de criar situações constrangedoras, veja essas dicas que o vão ajudar.

1. Use os termos corretos

O termo “pessoa com deficiência” é o mais adequado, de acordo com a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito das Pessoas com Deficiência, para se referir a qualquer pessoa com alguma deficiência física, visual, auditiva ou intelectual. Você também pode usar os termos “criança com deficiência” ou “criança especial”.

No caso das crianças com autismo, o termo “deficiência” não se encaixa, pois o Transtorno do Espectro Autista não é uma deficiência, mas sim, um modo diferente que a pessoa tem de entender, interpretar e viver o mundo à sua volta. Você pode usar o termo “criança especial”, considerando que a criança com autismo pode necessitar de cuidados especiais para o seu desenvolvimento. E, claro, quando não houver necessidade de ser específico, fale apenas “criança”.

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2. Não é doença

Você não tem a obrigação de conhecer tudo sobre o universo das pessoas com deficiência e com transtornos. Mas, é importante saber que essas condições não são doenças. Por isso, só use essa palavra se a criança especial a qual estiver se referindo esteja mesmo doente, com gripe, catapora, conjuntivite e afins.

3. Nunca use termos pejorativos

Antigamente era comum se referir a pessoas especiais como “retardado”, “mongol”, “louco”. Mas, antigamente, as pessoas eram muito mais ignorantes. Todo mundo sabe que, hoje em dia, esses termos são muito ofensivos, tanto que são usados para ofender qualquer pessoa, mesmo que não tenha deficiência ou transtorno. Portanto, elimine esse termos do seu vocabulário.

4. Não sinta pena

Dizer que uma criança é “coitadinha” por ter algum tipo de deficiência ou transtorno de comportamento não é legal. Da mesma forma, não sinta pena dos pais. Você pode até pensar que está se solidarizando ao dizer isso, mas o sentimento de pena não ajuda ninguém e não acrescenta em nada na sua relação com essas pessoas. O que essas pessoas desejam é o seu respeito e a sua consideração.

5. Não diga que você não saberia lidar com isso

Também é muito comum as pessoas dizerem aos pais de crianças especiais que eles são “guerreiros”, pois se estivessem no lugar deles, não conseguiriam lidar com a situação. Mas a verdade é que você saberia sim como lidar, pois seria a sua realidade. Evite esse tipo de comentário, pois ele é um apêndice da “pena”.

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6. Saiba se comunicar com uma criança autista

Existem diferentes tipos de autismo. Mas, de modo geral, essas crianças possuem dificuldade para interagir com os outros e se comunicar. Além do mais, elas são sensíveis a estímulos visuais, sonoros e físicos. Então, na dúvida, respeite o espaço da criança. Quando quiser se comunicar com ela, abaixe-se até a altura dos olhos dela e pergunte alguma coisa usando um tom de voz baixo e tranquilo, sem tocá-la. Se não obtiver resposta, não insista.

7. Cuidado com os comentários inconvenientes e perguntas invasivas

Quando estiver conversando com os pais de uma criança especial, só fale sobre a condição dela se os pais derem abertura e se você tiver algum conhecimento sobre o assunto. Não fique falando coisas como “por que ele nasceu assim?”, “nem percebi que ele tinha alguma coisa” ou “ele parece normal”.

Tome cuidado também para não invadir a vida pessoal da família, perguntando de quem a criança herdou a deficiência ou transtorno. Afinal, que diferença vai fazer na sua vida? Se você não tem nenhum conhecimento sobre tal deficiência ou transtorno, é melhor não ficar fazendo perguntas para evitar gafes.

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Aliás, você pode conversar sobre várias outras coisas. Quando você estiver conversando com os pais de uma criança especial, não torne a condição da criança o foco de toda a conversa, como se fosse uma entrevista com os pais. Aquela família tem uma vida como a sua e gosta de conversar sobre tudo.

8. Tente agir normalmente

Algumas pessoas ficam com medo de constranger os pais e suas crianças especiais, então evitam olhar para elas ou olham e disfarçam. Outras são ainda piores: olham fixamente. Mas não tem motivo para fazer isso.

É claro que os pais sabem que seu filho pode parecer diferente aos olhos alheios. Mas, quando estiver perto de uma criança especial, você só precisa agir da mesma forma que agiria com qualquer criança: olhe normalmente, se quiser pode sorrir, e se a criança interagir, pergunte como ela se chama, sua idade, elogie.

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Os pais vão saber que você tem boa intenção quando demonstra respeito e é gentil. Se por acaso a criança não puder ouvir, falar ou fazer contato visual, os pais irão dizer.

9. Busque saber mais sobre o assunto

Se você passar a conviver com uma criança, jovem ou adulto especial na sua rotina pessoal, social ou profissional, procure saber mais sobre a condição daquela pessoa. Quando você estuda e se informa, fica muito mais fácil agir normalmente e não cometer gafes.

As dicas que você viu aqui são apenas uma base para você começar a mudar seu pensamento e suas atitudes sobre as pessoas especiais. Mas cada deficiência e cada transtorno têm suas particularidades.

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Então, para lidar melhor com uma pessoa especial da sua convivência, procure saber exatamente qual é a condição dela para pesquisar sobre como ser uma pessoa mais empática, respeitosa e que pode fazer a diferença na vida dela.

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