Cerveja
Crédito: Reprodução Arquivo Pessoal/Cervejaria Soviet

Empresa mineira lança cerveja com ícones comunistas

Lançada no mercado em 2019, a marca vem crescendo e ganhando fãs que compartilham ideais políticos e o gosto pela bebida

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Embora muitas empresas estejam se mantendo na neutralidade política, outras não têm medo de manifestar seu descontentamento com o atual governo. Uma delas é a cervejaria Soviet, localizada em Juiz de Fora, Minas Gerais. A cerveja da Soviet foi criada em 2019 por Demócrito Albuquerque, de 23 anos, filho de pais militantes do PCdoB, e outros três sócios.

A primeira cerveja da marca foi a Lenin e agora eles já contam com 7 bebidas no catálogo, todas referenciando grandes personalidades de esquerda, como Rosa Luxemburgo (filósofa e economista marxista polaco-alemã), Marighella (o mais famoso guerrilheiro do período da ditadura militar) e Maria Felipa (pescadora que teria participado da luta pela independência da Bahia).

Também homenageiam a Revolução de Canudos, Gandhi, a Guerrilha do Araguaia e 1947 (data da independência da Índia).

Conforme contou Demócrito, em entrevista ao colunista Chico Alves, do UOL, “fizemos a avaliação de que faltavam marcas que representassem a esquerda, assim como a Havan representa a direita. Que não tivesse medo de levantar bandeira, de lutar por sua causa, de se posicionar”.

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Demócrito disse que ele e os sócios nunca tiveram medo da reação contrária, pois tiveram muito apoio para o lançamento do negócio, desde o começo.

Crédito: Reprodução Arquivo Pessoal/Cervejaria Soviet

A iniciativa é boa, pois visa incentivar as pessoas ligadas à esquerda a se posicionarem também, além de colaborar com uma mudança social.

Sim, eles recebem críticas por estarem capitalizando a figura de ícones comunistas, mas se orgulham por usar parte do faturamento em prol da sociedade.

“Do nosso faturamento, 5% são destinados a ações comunitárias, como a brigada de incêndio do parque estadual de Ibitipoca ou uma biblioteca comunitária infantil, em Paraty”, explicou Demócrito. “Estamos inseridos em um mundo de economia capitalista, mas defendemos o consumo consciente, sustentável, e a mudança social a partir da renda que a gente gera. Afinal, comunismo não é voto de pobreza”.

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Fonte: UOL Notícias

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