carrinho de mão como berço
Crédito: Facebook Leila Kemp

Pedreiro usa carrinho de mão como berço para o filho

Mesmo na pobreza, o jeitinho brasileiro supera tudo

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De acordo com o IBGE,  são cerca de 50 milhões de brasileiros vivendo na linha da pobreza, ou seja, quase 25% da população sobrevive com cerca de R$ 380 por mês. A “renda per capita dos 20% que ganham mais, cerca de R$ 4,5 mil, chega a ser mais de 18 vezes que o rendimento médio dos que ganham menos”. Mesmo na pobreza, o jeitinho brasileiro é surpreendente, como é o caso do pedreiro que usou um carrinho de mão para o filho recém-nascido.

Essa desigualdade gera problemas diversos para a sociedade, como a criminalidade, baixa escolaridade e condições precárias de vida. Porém, as famílias acabam dando um jeitinho para que as coisas funcionem um pouco melhor.

Conheça a história

É possível que você já tenho ouvido falar de alguma história de alguém que teve como berço uma gaveta, caixa de feira, bacia de lavar roupas e similares. Infelizmente, nem sempre as condições permitem que se dê o melhor para os filhos e tudo bem! Todos acabam se resolvendo ao final.

Porém, tendo amor, incentivo aos estudos e um bom feijão com arroz na mesa, as coisas ficam cada vez melhores. É o que se espera desse casal cuja foto viralizou na internet, que, por falta de condições, colocou o seu bebê para dormir no carrinho de mão.

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Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, Weslley de Oliveira Torres teve seu bebê em meio a condições precárias, de forma inesperada. Apesar de não ter sido planejado, ele está tentando adaptar a vida para recebê-lo com o maior conforto possível.

Dessa forma, ele e a esposa tentaram compartilhar a cama do casal com o pequeno, mas não conseguiam dormir, com medo de machucá-lo. Tiveram então a ideia de lavar o carrinho de mão e forrar com diversas mantas para fazer um berço improvisado e funcionou!

Durante a noite, é um berço para o pequeno Luan, com menos de um mês de vida. Já durante o dia, vira carrinho de passeio para os bebê da vizinhança, quando os pais precisam se deslocar para lugares mais distantes.

Como está sem seu instrumento de trabalho, o pedreiro está levantando dinheiro recolhendo material reciclado pela cidade para levar alimentos para casa e, quem sabe, comprar alguma coisa para o bebê.

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Depois de ver a foto, alguns vizinhos ajudaram com produtos de higiene, roupas e fraldas, mas eles não têm condições de ajudar com um berço. Enquanto isso, o pequeno Luan vai contando com a criatividade dos pais e a esperança de que se forme aí, uma família baseada no respeito e amor.

Leila Kemp, voluntária na comunidade que a família mora, está organizando as doações para eles. É possível entrar em contato com eles no Facebook:

Planejamento familiar

Apesar da extrema pobreza não ser, de forma alguma, motivo para alguém não querer ter filhos – pois esse vínculo supera qualquer pensamento mais frio e racional – pode-se planejar a sua chegada, preparando a casa e a própria família para receber a criança com mais conforto.

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Muitas famílias se iniciam como a de Luan, com a chegada de uma nova vida, e acabam se perdendo entre diversas barrigas, agravando um quadro que poderia ser controlado. O planejamento familiar está aí para ajudar esses novos agrupamentos familiares que já se formaram.

O Ministério da Saúde disponibiliza não somente anticoncepcionais gratuitamente, de diversos tipos, mas também camisinha e pílula do dia seguinte, ajudando as famílias que ainda não pretendam ter filhos. Para aquelas que já encerraram, a vasectomia e laqueadura também são de graça.

Além disso, existem palestras de orientação sobre o planejamento familiar na rede pública de saúde e a disponibilização de médicos ginecologistas para que façam em conjunto, um plano de vida, incluindo as ferramentas necessárias para não engravidar até a época ideal. Basta procurar um posto perto de casa e buscar informações.

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Claro que os pequenos Luans serão recebidos com muito amor e esforço dos pais, mas se houver um planejamento, pode-se dar também melhores condições de vida para os pequenos e suas famílias.

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