sintomas de burnout parental
Crédito: Freepik

Burnout parental: o que é e quais são os sintomas

Entenda o que é essa síndrome cada vez mais falada e saiba como resolver

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Hoje em dia, para ser considerado um bom pai ou mãe é necessário estar sob o controle de tudo e  saber agir sob pressão. No mais, os pais também se sentem mais estressados pela ausência de comunicação com as crianças, seja pela correria do dia a dia ou até mesmo por interagirem mais pelo mundo virtual. Nesse cenário de preocupações há grandes chances de desenvolver burnout parental.

Além dessas situações, alguns pais já não contam mais com os aliados importantes para cuidar dos filhos: os avós e outros membros da família, ou seja, não têm uma rede de apoio.

Segundo o Ministério da Saúde, o burnout pode ser definido como “um estado físico, emocional e mental de exaustão extrema, resultado do acúmulo excessivo em situações de trabalho que são emocionalmente exigentes e/ou estressantes”.

Segundo uma investigação da Universidade Católica de Lovanio, na Bélgica, a fadiga física e psíquica afeta 1 em cada 10 pais. Divulgada na publicação científica Frontiers in Psychology, a pesquisa avaliou cerca de 2.000 famílias.

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As conclusões comprovaram que 13% dos voluntários sofreram todos os sinais associados a um esgotamento, como cansaço e abatimento. Existe uma variação de 12.9% para as mães e de 11.6% para os pais.

Eles estão passando pela Síndrome de Burnout, que surge com uma tensão psíquica e alto nível de estresse, acarretando em exaustão e um comportamento que atrapalha a boa convivência familiar.

Veja também: entenda quais os tipos de depressão

Sintomas

Apesar de ter sintomas claros, nem sempre é fácil identificar o problema, pois são sinais mais comuns e que podem ser associados a outras doenças. Além disso, é comumente relacionada ao estresse somente. Veja quais são os principais indicadores de burnout parental:

1. Exaustão

Os pais que sofrem com burnout sentem-se exaustos o tempo todo, como uma fadiga que nem muitas horas de sono poderia recuperar. Como é um sinal comum a diversas outras síndromes, acaba não sendo percebido.

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2. Irritabilidade e ironia

Mudanças de humor constantes e exageradas, tendendo inclusive à agressividade, são comuns nesse caso. A alta irritabilidade e tendência a ironia são uma forma de agir passivo agressiva.

3. Pessimismo

Nada funciona e nunca vai funcionar. Reclama de tudo e todos, o tempo todo. Não tem esperança na vida e nas pessoas a sua volta, e se sente a pior companhia do planeta.

4. Sentimento de incapacidade

Quando se está em um nível extremo de cansaço físico e mental, como no caso do burnout, tende-se a acreditar que não vai conseguir fazer absolutamente nada. Esse sentimento leva a uma interpretação errônea, que resulta na procrastinação.

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5. Apatia

Quando a mãe ou o pai está sofrendo de síndrome de burnout parental, sente uma total apatia com relação à vida e até mesmo com os próprios filhos. Isso leva a prostração e falta de proatividade.

6. Esquecimento e falta de concentração

O lado cognitivo é afetado, ocorrendo mais casos de esquecimento, seja a comida no fogo ou de levar os filhos ao colégio. A falta de concentração no trabalho também é uma característica.

7. Cobranças pessoais

Quem está com a síndrome se cobra demais, mesmo sem ter condições de fazer suas atividades. A casa fica bagunçada, a rotina fica desorganizada e as coisas começam a se acumular, o que aumenta a sensação de culpa.

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8. Isolamento

Os pais e mães querem ficar sozinhos e tentar descansar a mente e o corpo. Por isso, tendem a se isolar dos amigos, da família e até dos filhos.

9. Sintomas físicos

Essa síndrome traz também diversos sintomas físicos, como a baixa imunidade, cefaleia, dores musculares, problemas para dormir ou sono demais, taquicardia, palpitações, falta de ar e tontura.

10. Baixa autoestima

Geralmente há uma mudança na aparência, refletindo a sobrecarga emocional . A pessoa que sofre com burnout parental acaba desenvolvendo uma baixa auto estima mais severa. Recomenda-se a procura de um acompanhamento psicológico.

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O que fazer?

Para evitar que se chegue a um sério esgotamento, é necessário analisar o nível de estresse e tensão, reavaliar a organização da família e focar no componente emocional em vez de se preocupar em ter uma agenda repleta de compromissos.

Se ver que precisa de mais ajuda, a solução é buscar o acompanhamento de um psicólogo que possa ajudar a encontrar um balanço entre as atividades do dia a dia, sua forma de pensar a vida e o que pode ser feito por si mesmo.

Dividir as responsabilidades e fazer atividades que gosta é fundamental para se recuperar devidamente. Uma boa alimentação e a prática de atividades físicas também vai ajudar.

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O tratamento pode envolver a psicoterapia, para ajudar na mudança de hábitos enraizados. Além disso, podem ser recomendados medicamentos, para os casos mais sérios, como antidepressivos ou ansiolíticos.

O tempo médio para que o tratamento comece a dar resultado e entre um e três meses, podendo demorar mais do que isso para ficar curado.

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