Brasileiro cria combustível alternativo e é preso. Entenda o porquê

Entenda a realidade por trás das notícias sobre o químico brasileiro que “criou” um combustível

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Vem circulando na mídia a notícia de que um brasileiro criou um combustível alternativo e foi preso. É importante sempre buscar os fatos em sua origem, pois muitas vezes as mensagens estão incompletas ou até mesmo, distorcidas. Então, vamos entender juntos esse caso.

Brasileiro cria combustível e é preso

Essa notícia tem repercutido muitos comentários agressivos ou preocupados, mas é fundamental conhecer toda a história. Assista ao primeiro vídeo, muito divulgado nas redes sociais:

Nesse vídeo, a repórter diz que um químico foi preso por fabricar combustível clandestino. Diz também que fazia o produto sem usar o petróleo como matéria prima. Em seguida, algumas cenas e informações sobre a produção, depósito e, ao final, um teste que faz uma motocicleta funcionar.

Observe que a fórmula é composta por uma mistura de metanol e solventes. Você sabe o que é o metanol?

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Metanol como combustível

O metanol é um composto orgânico, mais especificamente um álcool extremamente tóxico, que contém apenas um átomo de carbono. Vale lembrar que a combustão é realizada utilizando o carbono.

Já a gasolina, é uma mistura de hidrocarbonetos, sendo que a molécula principal é o octano, com 8 carbonos.

O etanol, popularmente conhecido como álcool (diluído e menos tóxico do que o metanol), possui dois carbonos por molécula.

Assim, qual você acha que tem maior rendimento? Vamos ao próximo ponto.

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Metanol e contaminação

As principais consequências da exposição ao metanol, seja por via respiratória ou oral, são:

  • irritação nas mucosas
  • problemas no sistema nervoso
  • dores de cabeça
  • náuseas
  • danos na retina
  • perda da visão
  • problemas no fígado
  • pele seca e quebradiça
  • coma
  • morte

Prisão por produção ilegal de combustível

Segundo a  Lei nº 8.176/1991, é crime contra a ordem econômica produzir, vender ou estocar combustíveis sem autorização da ANP.

Além de possuir um estoque de mais de 600 litros de combustível a base de metanol e solventes, o produtor comercializava cada litro por cerca de R$ 3,00.

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O combustível produzido – e não criado, pois já existe a muito tempo – tem menor octanagem, ou seja, rendimento, e ainda é muito mais poluente. Além disso, corrói toda a estrutura interna do motor.

Esses pontos nos levam a uma nova discussão: Será que esse “inventor” foi preso por não fazer parte do sistema, ou justamente por esse motivo? É importante entendermos porque algumas coisas são e devem ser regulamentadas por um órgão competente. Por vezes, as invenções contém mais perigos do que podemos imaginar.

Assista a mais um vídeo sobre o assunto:

Então, o que você achou? Ele foi preso injustamente? Dê sua opinião!

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