Erasmo Carlos
Foto: Acervo Grupo Globo

Brasil se despede de Erasmo Carlos – um artista eternizado

As canções feitas por Erasmo Carlos ficarão para sempre marcadas na música brasileira, assim como a personalidade do cantor.

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Na manhã de uma terça-feira, dia 22 de novembro, o Brasil se despediu de Erasmo Carlos, o “Tremendão”, que deixa uma carreira longa e de grande valor para a música nacional.

Com 1,93 de pura ternura, Erasmo lutou por igualdade de gênero quando pouca gente falava do assunto (música Sexo Frágil), gritou pela democracia na campanha “Diretas Já” e deixou um legado de mais de 600 canções que influenciaram e influenciarão gerações e gerações de artistas.

Há cinco dias de ter vencido o Grammy Latino com o melhor álbum de rock de língua portuguesa, o “Garoto papo firme”, bonitão da jovem guarda, vai deixar saudade em fãs e amigos famosos, que encheram as redes sociais de homenagens emocionantes.

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As canções inesquecíveis de Erasmo Carlos

Foto: Reprodução

Músicas como “Negro Gato”, “Parei na Contramão”, “Gente Aberta” e “Vem Quente que Eu Estou Fervendo” foram eternizadas na voz do cantor Erasmo Carlos e vão continuar na memória do povo.

Erasmo Esteves nasceu na Tijuca, no Rio de Janeiro, em 5 de junho de 1941. Desde a infância era amigo de Tim Maia, músico com o qual formou a banda The Sputniks em 1957. O grupo também era formado por Roberto Carlos, parceiro na Jovem Guarda anos depois.

Por uma desavença entre Roberto e Tim, o Sputniks existiu por um curto período, mas Erasmo seguiu na música com o grupo “The Boys of Rock”, que logo passou a se chamar The Snakes.

Fã de Elvis Presley e de bossa nova, a veia do rock esteve presente na carreira de Erasmo desde o começo.

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Parcerias para sempre marcadas

erasmo, Roberto e Wanderléia em 1993

No programa “Jovem Guarda”, Erasmo ganhou projeção nacional ao lado de Roberto Carlos e Wanderléa. Foi lá que ganhou o apelido de Tremendão.

Erasmo e Roberto formaram uma dupla e tanto! Juntos, eles escreveram canções que formam a memória afetiva do povo brasileiro. Clássicos como “Minha Fama de Mau”, “É Preciso Saber Viver”, “Amigo”, “Gatinha Manhosa”, “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”, “Se Você Pensa”, “Além do Horizonte” entre outras canções marcaram a nossa música popular para sempre.

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Os dois cantores também enfrentaram a censura quando lançaram “Debaixo dos caracóis dos seus cabelos”. Disfarçada de canção de amor, a música foi feita na verdade para homenagear Caetano Veloso, que estava exilado em Londres durante a ditadura militar.

Roberto, como ele mesmo falou tantas vezes em shows e entrevistas, se sentia honrado em ter podido dividir a vida com Erasmo. Hoje, o cantor comentou o falecimento do amigo no perfil do Instagram.

“Meu ídolo por tudo, pela sua lealdade, sua inteligência, sua bondade, por tudo o que eu conheço dele. Um ser humano maravilhoso esse meu irmão. É um privilégio para mim ter um amigo, um irmão assim por todos esses anos. Difícil encontrar palavras para falar desse cara: o meu amigo Erasmo Carlos. Ele viverá sempre em meu coração”, escreveu o cantor.

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História de vida de Erasmo Carlos virou filme

Foto: Guto Costa/Reprodução

Erasmo também teve a vida dele contada em 2019 no filme “Minha Fama de Mau”, no qual foi interpretado por Chay Suede.

Ao saber do falecimento do cantor, o ator fez uma homenagem no Instagram. “Vai em paz, Erasmo, nosso tremendão, tão gigante quanto gentil. Suas canções fizeram, fazem e continuarão fazendo nossa vida melhor. Obrigado! Que privilégio ter tido a oportunidade de te homenagear em vida, serei eternamente grato. Da Tijuca pro mundo, pra sempre”.

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Fonte: Só Notícia Boa / G1

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