Depois de meses em casa, muitas crianças e adolescentes estão voltando para as escolas, ainda que não seja o momento mais seguro para isso. Os casos de covid-19 continuam em alta, e muitos pais ficam preocupados com o risco de contágio no ambiente escolar, onde eles não podem controlar o cuidado que os filhos vão ter para prevenir a doença.
Mesmo sabendo que o contágio pode aumentar com a retomada das aulas, muitos especialistas da área da saúde acreditam que é possível manter o controle, se todos os cuidados forem tomados, tanto no ambiente escolar quanto na volta para casa.
De acordo com o pediatra Fausto Flor Carvalho, chefe do Departamento de Saúde Escolar da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), em entrevista ao R7, “O maior risco está justamente na questão da aglomeração. Por isso as escolas devem ter de 20% a no máximo 35% de ocupação e respeitar o distanciamento mínimo de 1,5 metros”.
Além disso, o médico recomenda outros cuidados que os pais devem ter ao enviar os filhos para a escola: “É recomendável que a criança vá com máscara, retire e troque por outra ao chegar na escola e ao voltar [para casa] utilize uma nova máscara”.
Ao final do horário escolar, os cuidados continuam: quando o estudante chegar em casa, deverá tirar a roupa que estiver usando, colocá-la para lavar e ir direto para o banho. Essa recomendação é ainda mais importante para os estudantes que moram com pessoas do grupo de risco, como idosos e doentes crônicos.
Os pais também devem estar atentos a possíveis sintomas de covid-19 que os filhos apresentarem. Ao menor sinal de febre, tosse seca e fadiga, a criança ou adolescente deve ficar em casa. Os pequenos também podem apresentar sintomas como diarreia, vômito náuseas.
Mesmo que esses sintomas não tragam o diagnóstico de covid-19, existe o risco de ser. Então, na dúvida, é preciso evitar o contato com os demais estudantes e profissionais da escola.
