Anemia hemolítica autoimune
Crédito: Freepik

Anemia hemolítica autoimune: sintomas e tratamentos

Nessa doença, os glóbulos vermelhos do sangue são atacados pelo sistema imunológico

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A anemia hemolítica autoimune é uma doença na qual os anticorpos reagem contra os glóbulos vermelhos do sangue, destruindo-os e produzindo anemia. Nem sempre sua causa é identificada, mas costuma ocorrer com adultos jovens que passaram por alguma infecção, que foram diagnosticados com outra doença autoimune, diagnosticados com câncer ou que fazem uso de certos medicamentos.

Sintomas da anemia hemolítica autoimune

Como é uma doença que provoca a anemia, os sintomas são bem característicos da anemia mesmo, embora alguns pacientes não apresentem sintomas ou apenas sintomas leves:

  • Cansaço
  • Dor de cabeça
  • Falta de apetite
  • Falta de ar
  • Fraqueza
  • Icterícia (pele amarelada)
  • Indisposição
  • Palidez nas mucosas dos olhos e boca
  • Palidez na pele
  • Pele seca
  • Queda de cabelo
  • Sensação de desmaio
  • Sono
  • Tontura
  • Unhas fracas

Cerca de 20% dos casos da doença têm seus sintomas piorados com o frio, pois os anticorpos são ativados por baixas temperaturas. Esses caso são chamados de anemia hemolítica autoimune por anticorpos frios.

Diagnóstico

Na dúvida sobre o que podem ser os sintomas, o indicado é se consultar com um clínico geral, que deverá pedir exames de sangue como dosagem diminuída de glóbulos vermelhos, contagem elevada de reticulócitos e testes imunológicos que são alguns dos exames que vão trazer o diagnóstico de anemia hemolítica autoimune, se foro caso.

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Tratamento

Não se pode dizer que a anemia hemolítica autoimune tem cura. O paciente pode passar por períodos de surtos e de melhora.

Mas, para tratar, o médico hematologista pode prescrever medicamentos para regularizar o sistema imune, como corticoides, imunomoduladores e imunossupressores.

O tempo de tratamento varia muito conforme cada caso. É importante manter o acompanhamento médico e o uso correto dos medicamentos para, quem sabe, começar a deixar de tomá-los depois de uns 6 meses.

Há casos em que o paciente não responde bem ao tratamento com medicamentos, então o médico recomenda a cirurgia de remoção do baço, pois é onde parte dos glóbulos vermelhos são destruídos.

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O caso do menino da língua amarela e o diagnóstico raro

Crédito: Reprodução/The New England Journal of Medicine

No Hospital for Sick Children, em Toronto, no Canadá, a equipe médica recebeu um menino de 12 anos que estava apresentando sintomas de dor de garganta, urina escura, dor abdominal e pele pálida por vários dias. Mas um sintoma em especial chamou mais atenção: a língua do menino estava amarela brilhante, como se ele tivesse comido algum doce com corante amarelo.

O diagnóstico inicial foi de icterícia, que na verdade é um dos sintomas da anemia hemolítica autoimune, quando a pele e a parte branca dos olhos ficam de cor amarelada. Mas a cor da língua do menino é um sintoma muito incomum e realmente chamou a atenção pela raridade e intensidade.

Depois de realizarem alguns exames, os médicos concluíram que o menino estava com anemia hemolítica autoimune por anticorpos frios e a causa era uma infecção pelo vírus EpsteinBarr, comum na infância.

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Para ser tratada, a criança recebeu transfusão de sangue e precisou tomar esteroides orais por sete semanas para reduzir a atividade do sistema imunológico e evitar a destruição dos glóbulos vermelhos que estava trazendo os sintomas. A recuperação foi positiva e sua língua voltou ao normal após o tratamento.

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