O consumo de comida natural está ganhando cada vez mais adeptos, principalmente entre aqueles que estão cansados dos riscos oferecidos pelos conservantes, agrotóxicos e aditivos alimentares presentes na maioria dos produtos nas prateleiras.
É importante saber o que são esses químicos adicionados aos alimentos. Afinal, eles são realmente necessários? E quais são os riscos associados ao seu consumo?
O que são aditivos alimentares?
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, “aditivo alimentar é todo e qualquer ingrediente adicionado intencionalmente aos alimentos sem o propósito de nutrir, com o objetivo de modificar as características físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, durante a fabricação, processamento, preparação, tratamento, embalagem, acondicionamento, armazenagem, transporte ou manipulação de um alimento”.
Portanto, os aditivos nada mais são do que substâncias químicas adicionadas aos alimentos para aumentar seu prazo de validade, aguçar o sabor ou melhorar sua aparência.
Por que são empregados aditivos nos alimentos?
Ainda segundo a Anvisa, os aditivos são utilizados por razões tecnológicas, nutricionais ou sensoriais. Isso significa que os químicos podem servir tanto para durar mais tempo na prateleira quanto para potencializar o valor nutricional do alimento, ou até para seu aroma e textura ficarem mais agradáveis.
O uso é limitado a alimentos específicos e em condições específicas, e nunca podem ultrapassar os valores de ingestão diária aceitável. O uso desses químicos é proibido nas seguintes condições:
- Evidências de que o alimento não é seguro para consumo pelo homem;
- Se interferir sensível e desfavoravelmente no valor nutritivo do alimento;
- Servir para encobrir falhas no processamento ou nas técnicas de manipulação;
- Encobrir alteração ou adulteração da matéria prima ou do produto já elaborado;
- Induzir o consumidor a erro, engano ou confusão;
- Quando não estiver autorizado por legislação específica.
Tipos de aditivos
A Food and Drug Administration, agência americana que faz parte do Departamento de Saúde e Serviços Humanos, autoriza o uso de mais de três mil aditivos alimentares diferentes. Basicamente, eles podem ser divididos em nove tipos.
Antioxidante
Evita que o alimento oxide e fique impróprio para consumo.
Antiumectante
Serve para evitar que o alimento fique úmido e, consequentemente, mofe ou estrague.
Umectante
O contrário do anti-umectante; ou seja, serve para umidificar o alimento.
Edulcorante
Deixa o alimento com sabor doce.
Conservante
Aumente o tempo de vida útil do alimento, pois ajuda na conservação.
Corante
Já chupou uma bala e ficou com a língua colorida? Pode culpar o corante, que realça ou promove cor nos alimentos.
Estabilizante
Melhora a textura do alimento e o torna mais atraente.
Acidulante
Como o nome indica, visa potencializar a acidez dos produtos, o que pode aumentar seu tempo de conservação.
Aromatizante
Um dos aditivos mais conhecidos entre o público geral, serve para realçar o aroma dos alimentos.
Efeitos
É praticamente impossível ter uma alimentação 100% natural e sem químicos. Apesar do consumo de aditivos ser liberado, é inevitável que existam riscos associados quando ocorre em quantidades elevadas.
Os principais problemas seriam o desenvolvimento de alergias, aumento do risco de câncer, déficit de atenção, hiperatividade e hipersensibilidade alimentar.
Além disso, alimentos congelados, processados e embutidos têm grande quantidade de sódio, calorias vazias, açúcar e outras substâncias que, em longo prazo, são péssimas para a saúde. Sempre que possível prefira orgânicos e alimentos in natura.
