A solidão de um aborto espontâneo durante a pandemia
Crédito: Freepik

A solidão de um aborto espontâneo durante a pandemia: 3 histórias emocionantes

Uma faltou ao pré-natal e a outra começou a sangrar no dia do bloqueio. Ambas perderam seus bebês

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Sofrer um aborto espontâneo é muito difícil, agora imagine durante o distanciamento social! Conheça a história de algumas mulheres que passaram por isso, enquanto tinham que lidar com a quarentena e suas dores (físicas e na alma).

Abortos espontâneos na pandemia

Para muitas mulheres, esse é um momento delicado e incerto, pois não sabem como estará o mundo em que seus filhos irão nascer. Mas é ainda mais complicado para aquelas que perderam seus bebês durante a pandemia. Conheça algumas histórias reais.

Esperando pelo aborto, sozinha

Kourtney tem 26 anos e mora em Tennessee, nos EUA. Era sua primeira gestação e ela já estava com 9 semanas. Tinha feito um primeiro exame, mas preferiu adiar o pré-natal, para não se expor ao coronavírus. Quando ela foi para o que deveria ser o segundo exame de rotina, já inadiável, descobriu que o coração do seu bebê já não batia mais.

Como durante a pandemia, os hospitais da sua região só atendem emergência, ela teve que esperar em casa por semanas, até ocorrer o aborto espontâneo, pois não poderia fazer curetagem eletiva. Em suas palavras, “você pode sentir culpa, fragilidade e isolamento, mas durante uma pandemia, você fica preso em sua casa sozinho, incapaz de se distrair da dor emocional e do trauma físico causado pela perda”. Ela nunca se sentiu tão só e com tanto medo.

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Distanciamento e curetagem

Rachael tem 28 anos e passou por momentos de muita angústia nos últimos dias. Ela também descobriu que seu bebê não tinha batimentos cardíacos, mas pôde fazer a curetagem. Porém, devido ao distanciamento social, as coisas foram um pouco diferentes. Ela fez o procedimento sozinha e só pôde ter a visita de uma pessoa depois, seu marido.

Já em casa, tentando distrair a mente em redes sociais, ela só via pessoas reclamando do tédio, homeoffice e que perderam viagens. De acordo com Rachael, “se você soubesse como é lamentar a perda de um bebê, de uma vida que nunca foi concretizada…”. Certamente uma reflexão que vale a pena fazer.

Aborto no dia do bloqueio da quarentena

Lucinda, de 36 anos, começou a sangrar exatamente no dia do bloqueio na Inglaterra. Ela estava grávida de 10 semanas e tem outro filho, de 3 anos. Ele estava muito animado com a chegada de um irmão e teve que receber a notícia da perda sem poder sair de casa ou se distrair. Além disso, de acordo com Lucinda, “agora tinha uma mãe que se escondia, chorava o tempo todo e não tinha paciência”.

Além disso tudo, ela ainda sofreu com a falta de absorvente nos mercados, já que as pessoas fizeram as compras por pânico, esvaziando as prateleiras. Foram momentos insuportáveis, mas ela conseguiu ver um lado bom, ao menos ela não está nas ruas “olhando para todas as famílias, com ciúmes daqueles com mais de um filho e ressentidos com qualquer pessoa grávida”, de acordo com suas próprias palavras. Sem dúvidas um momento difícil, agravado pelo distanciamento social.

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Você conhece algum caso de pessoas que passam por dificuldades com a quarentena? Compartilhe suas experiências nos comentários.

Fonte: Glamour.com

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