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Para evitar morte súbita, bebês devem dormir no quarto com os pais

É o que diz uma campanha de pediatras nos Estados Unidos, na esperança de diminuir os trágicos casos de mortes súbitas em crianças menores de 1 ano

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Casos de morte súbita de bebês devido às mais variadas razões, infelizmente, não são novidades nas notícias. Desde asfixia por brinquedos ou quedas, muitas são as causas que levam a um trágico final para crianças muito pequenas, especialmente as menores de 1 ano.

Por isso, foi criada uma campanha de pediatras americanos que previne a segurança no sono dos bebês. “The American Academy of Pediatrics Safe to Sleep Campaing” sugere que o bebê não durma em camas muito macias, nem tenha protetores fofos para as grades do berço, ou brinquedos que fiquem pendurados, além de dormir junto com os pais.

Morte prematura – como prevenir

Pelo menos no primeiro ano de suas vidas, as crianças deveriam dormir no mesmo quarto que os pais, mas não na mesma cama, de acordo com a pesquisa da Academia Americana de Pediatras. A Academia recomenda ainda que o berço das crianças muito pequenas não tenha o colchão muito macio; ele deve ser confortável, mas firme.

A campanha tem como objetivo reduzir as tristes estatísticas de mortes prematuras, principalmente nos primeiros 6 meses de vida. Conhecida como SIDS (em tradução livre: Síndrome da Morte Súbita Infantil), essas mortes se originam, em sua maioria, de acidentes com coisas aparentemente sem risco algum para a criança (como uma cobertor, por exemplo), e sua maior ocorrência é durante o sono dos pequenos.

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Nas palavras do Dr. Lori Feldman-Winter, membro da campanha e co-autor da pesquisa, “A maior causa dessas mortes ocorre porque a ciência não sabe, pelo menos não na sua totalidade, quais as causas dessas mortes, mas existem teorias”.

Uma dessas teorias diz que o cérebro do bebê pode ainda não estar desenvolvido o suficiente para regular a respiração de acordo com o ambiente em que o bebê está – como, por exemplo, uma cama muito macia – sem contar com o fato de que algumas crianças podem ter alguma condição que as torne mais propensa à asfixia (como a genética ou alguma falha no sistema respiratório).

Essa campanha para prevenção das mortes noturnas em bebês com menos de um ano já foi realizada na década de 90, e teve bons resultados na redução dos números de acidentes por asfixia noturna. Mas, desde então, o número de mortes se manteve estável. O objetivo é reduzir ainda mais a triste estatística.

Objetivo da campanha

“A ênfase da campanha agora é a da partilha de quartos pelo bebê e seus pais, e os dados sugerem um efeito protetor contra a SIDS com essa medida”, diz o pediatra Dr. Ari Brown, autor da série de livos Baby411 (sem tradução para o português). “Não se sabe ainda porque a partilha de quartos reduz a chance de SIDS, poderia dizer-se que há um sexto sentido por parte dos pais, que conseguem ouvir algum barulho estranho por parte do bebê e correm para ajudar de imediato”, termina Brown.

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A opinião dos especialistas, de uma forma geral, é a de que é muito mais fácil monitorar uma criança quando ela está por perto.

A prática de dormir no mesmo quarto com os recém-nascidos não é incomum, de acordo com Dra. Jennifer Shu, pediatra com consultório em Atlanta e editora médica da HealthyChildren.org. A médica diz que os pais começam por partilhar o quarto, mas sempre ficam na dúvida sobre a hora em que devem deixar o bebê dormir sozinho. E, segundo ela, essa campanha da Academia de Pediatras vai funcionar como um guia, para pais e pediatras, sobre a hora de deixar o bebê ir para o seu próprio quarto.

Os bebês podem dormir na cama dos pais?

Mas é muito importante que os pais entendam: é para partilhar o quarto, e não a mesma cama. Camas de adultos não são projetadas para crianças, pois existem diversos perigos associados a edredons grandes, travesseiros e lençóis. “Os pais dormem na cama e o bebê no berço e, se alguma cama será compartilhada com o bebê, certifique-se de que você dormirá em um berço”, brinca a Dra. Shu.

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O relatório da campanha lista ainda uma série de comportamentos que podem ajudar a lutar contra a SIDS. Dessa lista, destacamos o hábito de colocar o bebê para dormir de bruços, e deitá-los sobre uma superfície firme e um lençol um pouco mais apertado, no sentido de impedir coisas muito macias dentro do berço. O Dr. Lori Feldman-Winter destaca sempre a importância de não deixar próximo ao bebê nada que possa obstruir sua respiração ou causar superaquecimento.

Os pediatras alertam ainda que é preciso cuidado e não deixar o bebê dormir em sofás ou poltronas, e que é preciso tomar muito cuidado também na hora de amamentar. Às vezes, as mães estão muito cansadas, e acabam caindo no sono enquanto alimentam seus filhos. Isso é extremamente perigoso, pois o bebê pode escorregar e cair.

A lista de recomendações da campanha pode, à primeira vista, parecer um pouco extensa, e os pediatras compreendem que os pais sempre ficam sobrecarregados com a chegada de um bebê; mas esta lista deve funcionar como um guia mais claro de como os pais podem cuidar ainda mais da segurança dos filhos pois, com crianças tão pequenas, todo cuidado ainda é pouco.

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Compartilhe esse texto com todos os pais que você conhece, para que os números de morte súbita em bebês reduzam cada vez mais.

Fonte: Gravidez On-line

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