fosfoetanolamina
Crédito: Freepik

Fosfoetanolamina: o que é e para que serve a pílula do câncer

Já ouviu falar dessa substância para o tratamento do câncer? Saiba por que ela é proibida

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A fosfoetanolamina sintética é uma droga medicamentosa que tem sido bastante falada nos últimos tempos. Por causa disso, também tem levantado muitas dúvidas, já que a promessa dessa substância para a saúde humana é tratar o câncer.

A droga foi desenvolvida na Universidade de São Paulo e os estudos começaram nas mãos do professor Gilberto Orivaldo Chierice no começo da década de 1990. Foram feitos testes em ratos de laboratório e observaram-se atividades da substância no combate a tumores implantados nesses animais.

Entretanto, a substância começou a ser distribuída sem que fossem feitos testes em humanos e sem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. É aí que está o problema.

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Para que serve a fosfoetanolamina? Cura o câncer?

A substância é naturalmente produzida no organismo humano, tendo atividade antitumoral ao impedir que um tumor se prolifere e ao matar suas células cancerosas. De acordo com o professor responsável, a substância atua como um marcador que sinaliza a localização de tumores para que o sistema imunológico possa combatê-los.

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Por conta disso é que os estudos foram iniciados, seguindo o critério de que, se essa substância é natural no corpo humano e tem esse efeito sobre o câncer, talvez pudesse ser uma forma eficaz de combater a doença. Principalmente se fosse desenvolvida em laboratório para que cada paciente pudesse usar na dose adequada para o seu caso, com orientação médica.

Então, no Brasil, a fosfoetanolamina sintética (feita em laboratório) foi desenvolvida com a intenção de tratar pessoas com câncer. No país há algumas centenas de pacientes utilizando a substância com essa finalidade e os relatos são de melhora. Entretanto, por ser uma droga experimental, não pode ser livremente distribuída até que se comprove sua eficácia no organismo humano por meio de testes rigorosos e oficiais.

Composição

fosfoetanolamina

Como você viu anteriormente, a fosfoetanolamina é uma substância orgânica que está naturalmente presente em órgãos e tecidos do corpo. Ela é composta por fósforo, oxigênio, hidrogênio, nitrogênio e carbono.

Essa composição atua no corpo humano produzindo moléculas que atuam na síntese de gordura, sinalizam células deficientes (como as cancerosas), participa da produção da membrana celular, transporta ácidos graxos, auxilia na morte programada das células e muitas outras atividades complexas.

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A sua composição sintética é obtida por meio da reação entre a etanolamina e o ácido fosfórico. Com essa reação, ocorre outra reação química que faz com que se tenham os efeitos da substância natural, o que inclui o tratamento de tumores.

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É segura? Vai ser liberada?

Em nota de esclarecimento divulgada pela sua assessoria de comunicação, a ANVISA informou que a fosfoetanolamina “jamais passou por qualquer estudo clínico que comprovasse sua eficácia e segurança. Além disso, nunca houve solicitação de registro na Agência, como todos os medicamentos em uso no país são obrigados a ter”.

Portanto, deve-se considerar, até o momento, que essa substância não é segura para uso em humanos até que se prove o contrário por meio de estudos científicos. E até que ela esteja devidamente registrada na ANVISA para que possa ser livremente comercializada.

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Como muitas pessoas com câncer já fazem uso dessa substância e relatam um bom resultado, ainda que não seja a cura efetiva, existem muitos processos judiciais que buscam a liberação da droga. Isso quer dizer que há sim a possibilidade de ela ser liberada, mas é um processo em andamento.

Apesar disso, a fosfoetanolamina é vendida em outros países, como Estados Unidos, como um suplemento alimentar para fortalecer o sistema imunológico. Então, o grande problema no Brasil está relacionado, especificamente, ao uso da substância no tratamento de câncer. Saiba mais no vídeo abaixo:

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